Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 21 de agosto de 2011

DEM(PFL, Arena, UDN...), da hidrofobia interna à docilidade externa

O saudoso autor e ator nacional, Plínio Marcos, costumava dizer que aparecia menos na TV brasileira do que o cachorro Rin Tin Tin, que já havia morrido há mais de dez anos. Para os mais jovens, "Rin Tin Tin" era um enlatado estadunidense que passava diariamente na televisão brasileira e contava as aventuras de um cão, pertencente aos soldados do Norte, mais precisamente a um garoto de aproximadamente doze anos, mas já detentor da patente de cabo. Naquele tempo, o politicamente correto ainda não estava presente entre as preocupações da sociedade, então, o trabalho infantil travestido de heroismo não causava tanta repulsa.
Quase cincoenta anos depois, o governo e o Congresso tentam conter essa descaracterização cultural, motivada pelo consumo exagerado de drogas oriundas dos estúdios do Tio Sam, equilibrando as programações entre o que é importado e aquilo que é produção nacional, por enquanto, disciplinando esse equilíbrio nas tvs por assinatura.
Evidentemente, a direita brasileira votou contra e já ameaça entrar no STF para derrubar essa regulamentação, caso seja sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. O senador demo, Demóstenes Torres, aquele que protagonizou a farsa de sua conversa com Gilmar Mendes grampeada, embora nunca tenha apresentado o tal áudio, caracterizou a nova regulamentação como mania do governo de controlar a sociedade e saiu-se com essa pérola, "Se o consumidor adquirir a obra da MGM para ver seus favoritos, brasileiros, tem de guardar o estômago para as produções aprovadas pelos comissários da Ancine(Agência do Cinema Nacional)".
Além do viès de pensar com o estômago, demonstrou preconceito contra o conteúdo nacional, para ele, inferior "aos favoritos da MGM", mesmo sem saber do que se trata. Por curiosidade, fui ver quais as preciosidades de hoje e constatei que Stigmata e Vida Bandida(?) serão repetidos por três vezes. nem o mais dócil e aficcionado cinéfilo tem "estômago" para tanto, logo, que venham as alternativas e que bom que não são estranhas a nós.
Certamente, essa polêmica ainda não tem data para o fim, porém, nunca nossa direita colonizada esteve tão em desvantagem na sua missão de destruir nossa auto estima e de gerar empregos fora do país. Que bom!

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou de pleno acordo com você. Esse cara do PFL parece um cão hidrófobo.