João Pedro Stédile
A estratégia de atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para os próximos anos vai muito além da luta contra o latifúndio. Nos dia 5 e 6 de julho, em Caracas, o MST debaterá suas prioridades na Conferência dos Estados Latino-americanos, em Caracas, na Venezuela.
- Dois pontos são fundamentais para enfrentar os projetos do imperialismo capitalista e da integração do capitalismo continental: ampliar o poder dos setores sociais no setor de mídia e dominar o conhecimento científico – adiantou o coordenador-geral do MST, João Pedro Stédile, durante o XVI Encontro Nacional de Economia Política, que terminou no fim de semana, em Uberlândia.
Segundo Stédile, o MST estará empenhado em ajudar a criar uma rede alternativa de comunicação, como a TeleSur, criada em 2005:
- Seria uma AlbaTV, por exemplo, e também com rádios e portais na internet. A comunicação é fundamental para criar um clima que estimule a ascensão do movimento de massas. Não adianta ter governos progressistas sem o povo organizado – diz Stédile.
No campo do conhecimento, o MST atua na formação de médicos para saúde preventiva, agrônomos e veterinários:
- Hoje a maior parte das faculdades de agronomia só formam agrônomos para fazer veneno e as de veterinária formam gente para trabalhar em pet shops, cuidar de cachorrinho de madame. Precisamos de profissionais para trabalhar na agroecologia, cuidar de gado de corte. Isso tá faltando – diz Stédile.
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