Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Por que Tapajós?

Filho ilustre da região do Baixo Amazonas mandou ponderações que julgo importantíssimas, a respeito do desmembramento daquela área para a criação de um novo estado da federação brasileira, que agradeço imensamente e passo a publicar, pois, no mínimo, testa até onde vai o espírito público de caciques políticos marca Lira Maia, aquele que carrega um Vade Mecum nas costas, tal a quantidade de processos que responde.
Pergunta o missivista, quem decidiu pelo nome de estado do Tapajós? Foi a Assembléia Legislativa? Não. Quem decidiu que a capital será Santarém? Foi a Alepa desses tempos conturbados? Não. Então, nós, filhos da região mais afastados de um restrito círculo do poder veremos o novo estado nascer já com o estigma de "prato feito", e por chefões que queixam-se de isolamento, mas há décadas são governo e nada fizeram para superar tal isolamento, pois o mesmo não afetava a satisfação de interesses que os colocaram à frente de lutas como essa.
Por que o nome não pode ser estado do Rio Mar ou estado do Baixo Amazonas? Não seriam nomes mais abrangentes? E a capital, Santarém? Há consenso? Se é pelo fato de ter ligação com o centro e sul do país esta ainda é muito precária. Podemos contrargumentar, por exemplo, que Oriximiná, e todos os demais municípios da margem esquerda são limítrofes com as antigas guianas e essas fronteiras continuam desguarnecidas. Assim, haveria ocupação efetiva de uma imensa área do setentrião brasileiro, riquíssima e capaz de servir de modelo de desenvolvimento, embora para isso não se precise criar um novo estado.
E Óbidos? Por que não pode ser a capital do novo estado? Além de mais central, tem uma história cultural reconhecida em todo o território paraense, simbolizada no legado de dois filhos ilustres que chegaram à Academia Brasileira de Letras, Inglês de Souza e José Veríssimo.
Portanto, esse debate que deveria estar apenas começando, parece que, em função do time político dos "donos da região" atropela-se, embaralha-se e se perde na sinistra necessidade de repartição de butim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Coisa Ruim, o teu missivista tem lá suas razões. O nome do futuro novo estado do Oeste poderia ser submetido a um plebisicito. Mas isso pode ser feito a qualquer tempo. E o nome proposto, Tapajós, é o que vem sendo anunciado desde sempre e nunca apareceu um contestador como agora. Não é um nome feito. Pelo contrário, uma homenagem ao rio mais bonito do mundo. Já neveguei muito por ele, sem ter, porém, chegado ao Teles Pires e Juruema, seus formadores, dentro do MT. Estado do Baixo Amazonas também é bonito e abrnagente. Rio Mar é um marca já dominada pels amazonenses do Estado do Amazonas. Deixemo-la pra lá. Mas é que o Tapajós é que dá nome à cultura diferenciada daquela região. A cerâmica, a tecelagem, a música são tapajônicas, não baixoamazonenses ou riomarenses, sei lá. Entãop, quando a isso não há discussão. A criação desse novo estado até que seria bom, avaliam alguns amigos, pois serviria para separar o Pará do Amazonas, definitivamente. Mas falando sério, camarada Vasilha, o Márcio de Souza, escritor baré da melhor qualidade, um dos orgulhos da literatura amazônica - vem a ser sobrinho do obidense Inglês de Souza, citado pelo seu missivista, é contra a criação de Tapajós pelos mesmo argumentos que sussurrastes na abertura do texto: vai virar um antro de ladrões e bandidos hoje espalhados pelo Pará e pelo Amazonas. Márcio se refere bem ao deputado amazonense Cinésio, que é de Santarém mas atua politicamente no Amazonas. Tu falaste no Lira Maia, e tem o Von e todos os outros. A Maria se salva, mas o entorno dela talvez não. O perigo é que essa gente toda reunida resolva vender Alter do Chão para algum país estrangeiros e nenhum paraense ou tapajônico possa mais desfrutar desse Paraíso. Já pensou esgoto de todo lado caindo no entorno da mais bele praia do mundo? Não,não vamos deixar isso acontecer, mesmo o Alexandre Von tendo discursado na Alepa, dizendo que a cultura de Santarém (tapajônica) é um forte fator para se criar o novo estado por ser distinta do resto do Pará? Não há piada melhor. A cultura de Santarém mais forte fois transplantada do Seará - os nordestino vieram atraídos pela borracha- e surrupiada dos índios, mas nunca foi "independente" do resto do Pará. o BaixoAmazonas tem estreita ligação com o Marajó, com a foz do Xingu, com Almerim etc. O caboclo de lá não é como nós, do Marajó, que falamos cinco idiomas e 14 dialetos, sem contar o portugueês e um francês modificado, tipo: "Vuces tudo sabem anadarem?" Palmas para o mocorongo honesto e cioso da iunviabilidade desse novo estado, a menos que os seus idealizadores queiram promover uma matança de índios sem precedentes na história da região desde Pizzon!