A inglória tarefa futriquenta

Este blog já publicou, se a memória não falha, no dia oito último, um pronunciamento feito pelo deputado Raul Pont, na Assembléia legislativa gaúcha, a respeito da reforma previdenciária feita naquele estado, pontapé inicial para sepultamento do famigerado instituto do "fator previdenciário", criado por tucanos com apoio convicto do PMDB.

No entanto, diante de duas notas mentirosas(novidade!) publicadas hoje no Repórter Futrica(Diário), lembro alguns pontos da fala do presidente do PT gaúcho ao ressaltar os avanços do que foi aprovado em plenário.

Em primeiro lugar, a alíquota de 14% serve de contribuição tanto para a aposentadoria quanto assistência à saúde. A propósito, a Futrica Barbálhica(Diário do Pará) tem coragem de dizer quanto cobra o estado do Pará se o servidor optar por aderir ao IGEPREV somado ao PAS?

Em segundo lugar, por conta dessa contribuição e das novas regras, estão garantidos os ganhos na aposentadoria semelhantes aos que eram percebidos na ativa, o que acaba com privilégios de quem incorporava penduricalhos concedidos numa relação de compadrio, bem como com as perdas dos demais que não mantinham relações promíscuas com a caciquia política.

Em terceiro lugar, a administração dos recursos envolve paritariamente dirigentes governamentais e representantes da classe trabalhadora, pois as regras estabelecidas transformam os recursos em capital a ser investido, na perspectiva de sua multiplicação e melhor possibilidade de remuneração de seus segurados, tal e qual ocorre com fundos de pensão como Previ, Petros e Funcef que tanto desconforto causam a patrões escravocratas pelo poderio econômico que alcançaram à revelia de relações de exploração que eram mantidas até um passado recente, culminando com a criminosa intervenção decretada por FHC no Previ a fim de drenar recursos deste para o Oportunitty do, segundo o dep. Protógenes, banqueiro bandido Daniel Dantas na delinquência da privataria do sistema de telefonia nacional.

Talvez, essa seja a tendência da previdência em âmbito nacional, a julgar pelo que já manifestou a presidenta Dilma. Pelo histórico do sucesso na administração desses fundos e levando-se em conta o caráter democrático que se apresenta para sua gestão, então, caminhamos para matar dois coelhos com uma só cajadada: afastar larápios históricos dos cofres da previdência e torná-la autossustentável e independente do tesouro nacional, seus humores e eventuais gerentes. O resto é futrica.