Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dilma decide demitir Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes; governo manda PF investigar denúncias


Gerson Camarotti, Ailton de Freitas, Jorge Bastos Moreno, Maria Lima e Chico de Gois

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff já decidiu demitir o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, informa o colunista Jorge Bastos Moreno pelo Twitter . O comando do PR seguiu para o Planalto para ouvir o anúncio. A revelação sobre o crescimento espetacular no capital da empresa do filho do ministro dos Transportes , publicada nesta quarta-feira pelo GLOBO, tornou insustentável a permanência do representante do PR no cargo. Essa avaliação foi feita reservadamente tanto no Palácio do Planalto como nas bancadas do PR no Congresso. Dilma colocou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para discutir com o PR a saída de Nascimento. O nome mais cotado para o cargo é o de Paulo Sérgio Oliveira Passos, atual secretário-executivo do ministério. Fontes reunidas no Palácio do Planalto disseram que neste momento Dilma está isolada, à espera do comando do PR para fazer o anúncio da demissão.


A presidente também pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que coloque a Polícia Federal para investigar as denúncias de corrupção envolvendo a pasta e a cúpula do PR, informou na tarde desta quarta-feira Moreno pelo Twitter. “Dilma havia prometido a Nascimento (ministro dos Transportes) não botar a PF no caso. Mas a PF já está no caso, a mando do Cardozo (ministro da Justiça), que é mandado dela”, postou no microblog.


Diante das novas denúncias de enriquecimento ilícito envolvendo seu filho, o Palácio do Planalto quer a antecipação da ida do ministro dos Transportes , Alfredo Nascimento, ao Congresso para prestar esclarecimentos. Havia pressão para que ele fizesse isso já na quinta-feira.


No partido de Alfredo Nascimento, seus colegas consideraram muito ruim e muito fraca a explicação dada pelo ministro para o crescimento de 86.500% no patrimônio da empresa criada pelo filho dele, em 2005 com capital de R$ 60 mil. Hoje, o capital da empresa é de R$ 52 milhões, o que motivou a investigação do Ministério Público Federal no Amazonas. O ministro nega irregularidades na empresa do filho.


Com a queda de Nascimento e o isolamento do secretário-geral do partido, Valdemar Costa Neto (SP), já começam a surgir nomes para ocupar o cargo. No PR, os dois nomes são o do ex-senador e ex-governador da Bahia César Borges e o do ex-líder do PR na Câmara Luciano Castro (RR).

-(Conversa Afiada)

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