O retorno do predador

Depois de quase dizimar os programas de inclusão através do esporte que eram desenvlovidos no complexo do Estádio Edgar Proença; depois de quase vender o centenário e glorioso Clube do Remo, sob a alegação de que sem venda de patrimônio só restaria a memória, bazófia que vem sendo desmentida todos os dias, há quatro meses, eis que está de regresso Amaro Klautau. Dessa vez, premiado com uma sinecura lorótica, mais precisamente como diretor da Companhia Paraense de Habitação(COHAB).

Faz todo o sentido. Ainda, no domingo, uma nota publicada em O Liberal dava conta da paralisação da construção de vários empreendimentos imobiliários populares, grande parte deles em fase bem adiantada, por alegada falta de recursos financeiros do Estado que respondam pela contrapartida aos investimentos feitos pela Caixa Econômica Federal. Certamente, é improvável que Amaro tenha a intenção de vender o letreiro que indica ser ali a sede daquela companhia; entretanto, nada impede que tome a iniciativa de propor alternativas que viabilizem a comercialização daqueles imóveis, mesmo que estejam em situação de esqueleto, afinal, a prioridade para o escorpião não é a segura travessia do lago, mas garantir que o sapo afunde envenenado.