Hoje faz exatamente 47 anos que Ranieri Mazzilli, presidente do Congresso Nacional à época, decretou o cargo de Presidente da República Federativa do Brasil vago abrindo espaço para o famigerado golpe militar que nos atormentou até 1989, quando retomamos o caminho da eleição direta para o mais alto posto de nossa nação, embora beneficiários, locupletados e protagonistas do processo considerem como marco da redemocratização a trágica eleição indireta de Tancredo Neves, que culminou com a unção à Presidência de um dos maiores expoentes do consulado castrense que se encenava derrubar.
É essa tentativa de rearranjo dos fatos que leva escrevinhadores conservadores a puxar a data fatal para 31/03, temerosos da inevitável hilariedade que a posteridade dispensará à dita ópera-bufa, só não pertencente ao gênero cômico dada sua boçalidade que resultou no enlutamento de milhares de lares brasileiros. E isto não há retórica velhaca que oculte.

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