Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Bravura Indômita

Depois de alguns anos sem ir a cinema, fui com minha filha mais velha assistir ao remake dos irmãos Cohen, Ethan e Joel, do filme que Henri Hataway fez em 1969 com Jonh Wayne. Como não sou crítico de cinema, estou desobrigado de sentenciar qualquer coisa, bem como estabelecer comparativos entre trabalhos artísticos, apenas descrevo minhas mais positivas impressões a respeito do que vi.
Duas coisas me impressioaram vivamente no filme, a ênfase dada à personagem feminina, desconheço o nome da atriz que mostrou-se à altura do papel que lhe foi dado; e a opção por desenrolar a trama dentro dos padrões da melhor tradição dos bang bangues italianos, principalmente os de Sérgio Leone. A cena em que Matt Damon( o ranger) e Jeff Bridges( o federal) discutem e acusam-se mutuamente por torpezas feitas pelas corporações a que serviam, culminando com a separação do trio, mostra que a direção do filme não quer glorificar ninguém. Muito pelo contrário: nossos dois heróis só são competentes porque foram capazes de sobreviver em ambientes que beiravam a selvageria.
Nessa cena chama a atenção a perplexidade da garota, que bruscamente vê ameaçada sua "caçada" ao assassino de seu pai, fato muito mais relevante na visão dela do que aquele bate boca sobre o passado. Felizmente(pra ela) a missão segue em frente, embora com os dois contratados trabalhando distantes, pois a proximidade é que ameaçaria o êxito da empreitada.
Cumprida com relativo sucesso, não fosse o acidente com a garota que, após disparar o tiro que matou o assassino que procurava, cai em uma gruta bem em cima de um cadáver que trazia umas cobras dentro. Uma dessas cobras pica a menina, que passa a correr risco de morrer. Então acontece aquela sequência que só os grandes filmes têm, quando Jeff Bridges vai levá-la ao médico mais próximo. Em ritmo tenso eles vão avançando por uma noite fria e a garota começa a preocupar-se com o cavalo,excessivamente cansado e já sem condições de prosseguir. Sem a noção do risco que corre, ela pede para o cow boy parar para dar descanso ao cavalo, ele, ao contrário, sacrifica o animal e segue com ela nos braços até a chegada ao destino.
Após a chegada, uma cortina(passagem de um tempo a outro) faz o filme saltar no tempo avançando 25 anos. A garota, já uma senhora e sem o braço, chega na cidade aonde tinha ido viver o seu anjo da guarda. Ao indagar sobre seu paradeiro, é informada que fazia três dias que ele havia morrido. Então, ela faz o que lhe restava: resgata o corpo e leva de volta para proporcionar-lhe um enterro digno. Tudo assim, direto. Imune ao melodrama e emocionando exatamente por essa total ausência de sentimentalismo.
Mas aí, a meu juizo, penso que a excelência da direção dos irmãos Cohen aflora e eles optam por um final nos mesmos moldes de grandes clássicos estadunidenses do gênero. Se fossem seguir o modelo italiano certamente teríamos um final sarcástico, indevido como desfecho do filme. Assim, como em "O Homem que Matou facínora"(se a versão prevaleceu todo esse tempo, publique-se a versão, no caso da real identidade de quem relamente matou o facínora), apelam pra emoção passada diretamente, sem artifícios. Apenas como retrato de um tempo de heróis estropiados, bêbados, violentos. Mas seres humanos que retratam uma época.
Vão ver que vale a pena.

5 comentários:

Anônimo disse...

Bravura sem vergonha foi ontem lá na Terra Firme, onde o Simão Lorota e sua filhota cabeluda Isabella, estiveram inaugurando ou coisa parecida o tal de Pro-páz. A falação foi muito enganosa. Não convenceu nem a garotada. Com isso, ele mandou para as calendas gregas a Lei que condena o Nepotismo, pois a moça faz parte do governo. Mas fazer o quê, se ele tem o Judiciário nas mãos? Mas eu insisto. O Ministério Público deveria averiguar esta situação. Nepotismo vai contra os princípios morais, que Jatene infla o peito ao falar. Cruz credo.

Anônimo disse...

Gostei anônimo das 18;01. FILHOTA CABELUDA-Isabella, filha do Simão Pescador. Há,há,há. Muito engraçado mesmo

Anônimo disse...

Gostosão

A política café com leite que existiu quando o Rio era capital federal fez os três estados terem uma condição muito acima do resto do Brasil e isto é a razão por eles terem condições próprias para manter o mínimo nesse patamar.

Queria ver se a política fosse rapadura com chibé tendo como capital federal Roraima la no Sudeste se o salario não seria em um valor menor, talvez quisessem até diminuir do valor de R$ 545,00!

Falando em rapadura eu estou treinando para o nosso encontro chupando um alfinin que é uma rapadura mais mole!

Quanto ao cinema não era necessário você se desculpar por não me levar avisando que foi com sua filha, pois sei que gosta de mostrar para sua família seus amigos de infância
Matt Damon, Josh Brolin e Jeff Bridges só fiquei magoada porque sua terceira namorada Mary Anzalone também trabalhou no filme.

Eu esculhambei com o Rubens Ewald Filho porque ele estava querendo denegrir teu comentário falando “ele nem deu o titulo em espanhol “Valor da Ley!” nem que a tradução certa em português era “Verdade Ruída “ eu disse tu ta é com medo dele tomar teu lugar né!



Eu queria tanto Jorgeto que tu passasses a usar o tapa olho do Jeff, ias ficar com um ar de durão!

Te aguardo no ninho Real

Ray The Help

Inaê disse...

Como é que tu ficas contando o filme, Jorge? ahahahaha
Ainda bem que não me importo em saber o filme antes de vê-lo.
Abraços, meu velho.

Na Ilharga disse...

Ô Pimpim, não contei, fiz o relato de como senti o filme. Deve ter gente com olhar totalmente diferente.
Quanto ao final, é mero detalhe.
Muitos beijos Pimpim