A erradicação da miséria

As projeções do IBGE, de que até 2014 apenas 8% da população brasileira farão parte da classe E representa, sem dúvida, um grande avanço no combate à pobreza, mas demonstram também que nesse ritmo dificilmente teremos a miséria erradicada até o final deste mandato da presidenta Dilma Rosseff na medida em que esse percentual significa a existência de 16 milhões de brasileiros e brasileiras compondo esse extrato social, muitos dos quais sem ter meios de levar uma vida digna.
Nesse sentido, é fundamental que o atual governo crie condições para a superação da situação difícil em que vivem muitos dos pertencentes a essa classe, aprofundando programas em andamento, que sejam capazes de erradicar a miséria das periferias das grandes e médias cidades fixando contingentes populacionais em pequenas cidades e no campo.
Para isso será fundamental o avanço do Luz Pra Todos, bem como levar-se educação pública e de qualidade para essas localidades.
Mas, mais fundamental ainda é levar à radicalidade máxima um projeto fundiário que promova o surgimento de milhões de pequenos e micro proprietários rurais capazes de contribuir para a geração de grande quantidade de empregos no setor, acabando definitivamente com o modelo feudal ainda vigente em muitas regiões do país. Não é fácil, não é rápido, mas também não é impossível. Basta que o governo priorize e não deixe parte de nossa imprensa conservadora pautar as reformas que seus aliados tem interesse.