Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Esse não pode!

Quando assumiu o governo, no início dos anos 70, Fernando Guilhon anunciava os nomes que deveriam compor seu secretariado e, logo depois, era obrigado a "desnomear" porque chegava a informação que o SNI vetava a escolha por achar que o escolhido não reunia condições morais para ocupar o cargo.
Agora, parece que Simão terá problema semelhante para escalar seus auxiliares. Não que venha algum veto moral da caserna, não se trata disso, pelo menos até que a justiça faça alguma eventual manifestação. Todos os escolhidos e escolhidas são pessoas de conduta ilibada e aptas a ocupar o cargo para o qual foram apontados.
O problema é eminentemente político e vem dando uma dor de cabeça bem mais forte que a habitual provocada nessas circunstâncias. Vide o caso da Setran, cargo que faz revirar os olhos do Coronel Barbalho, que quer a qualquer custo emplacar o deputado Chicão no cargo e fazer de Osório Juvenil o Parsifal da próxima legislatura, mas encontra a concorrência do também deputado eleito e aliado de primeira hora, Sebastião Miranda, cuja investidura naquela secretaria abriria caminho a Joaquim Passarinho. Qualquer movimento errado de Simão significará colocar ao lado do PT e do PSOL uma quantidade considerável de deputados, proporcionando uma oposição barulhenta, daí a decisão a ser tomada estar sendo anunciada e adiada seguidamente até não poder mais. É o ônus do uso do leque maior que o vento.

5 comentários:

Anônimo disse...

E depois os tucanos reclamam do ritmo da transição. Eles sequer conseguem escolher quem vai dirigir os órgãos do estado. Depois não vai ter tempo para o secretário que entra conversar com o secretário que sai. Ninguém da atual gestão tem obrigação legal para dar expeidnete a partir do dia 3 de janeiro.

Vicente Cidade disse...

Caro Jorge,

Segundo o Hiroshi, o Lorota teria conseguido convencer o traidor do Miranda a aceitar a indicação para a SEOP.

Com certeza isso deve ter sido possível graça$ a promessa de concentrar obra$ naquela $ecretaria, que é na verdade o que quer o Tião, gerenciar obra$.

Vale dizer que a SEOP, antes do governo Ana Júlia, de fato, era a secretaria que acompanhava as principais obras do estado, exceto as da SECULT do Paulo Chaves, mas com Ana as demais secretarias ganharam mais autonomia e a SEOP, digamos, foi desidratada, para usar o termo da moda.

Nessa nova gestão do Lorota, ao que parece, as coisas terão que ser mais dividida$ e o PMDB, escolado, não quer $aber disso.

Por outro lado, se conhecemos bem os tucanos, nesses dois primeiros anos, nada será feito, só caixa para a "agenda mínima" das obras faraônicas pré eleitorais do Paulo Chaves.

Assim, a expectativa do Tião de fazer "caixa" para voltar a prefeitura de Marabá, pode ser frustrada.

Vamos esperar, acho que o Tião terá o "troco" que merece.

Na Ilharga disse...

Vicente, essa é a minha impressão. Lorota dá a Setran e depois de fazer o presidente da AL esvazia e passa tudo pra Seop. Até lá Barbalho só terá os estratosféricos índices de preferência da sua mídia, atestados pelo impoluto IBOPE(Lula não fará seu sucessor) pois até seus deputados estarão comendo na mão do Pioneiro.
Mas contra esses ataques Simão terá para defende-lo o darling Liberal, constituindo-se em tiro nágua a ofensiva jaderista.
Um abraço

Cássio de Andrade disse...

A refrega, até então intra-muros, entre o PMDB (Jáder) e o Grupo dos Maioranas, está se cacifando como o primeiro grande ruído no início da retomada da gestão tucana. O PSDB aqui do Pará, ao contrário da matriz nacional, não teve a competência de pontuar a consistência necessária que marca identidade tucana no país. Passados os 08 anos do mandarinato de Almir, o governo Jatene acabou se consagrando como o retalho conservador da velha Arena, marcado pelo fisiologismo e o oportunismo da gestão anterior. A impresão que tenho é que, com a extinção do DEM no Pará, o caminho natural de Jatene será a ruptura com o PSDB, em dois anos, visando sua reeleição em 2014, claro, considerando-se os passos evolutivos ou não da gestão DILMA.

Na Ilharga disse...

Mas pode haver também uma maior aproximação entre Jader e Jatene. Se Jader mantiver o controle do PMDB, mesmo sem mandato, verá em Simão sua tábua de salvação.
E aí o Pará será ainda um reduto de coroneis da política a andar na contramão do que poderá vir a ocorrer no restante do país, mercê da força econômica do latifundio que sustenta politicamente esse conluio de direita no poder.