Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 6 de novembro de 2010

O coronel e o jornalismo

Coronelismo e jornalismo não se misturam. Ou não devem. Quando isto ocorre, o primeiro impõe sua vontade e o segundo anula-se para seguir ordens e ignorar a matéria prima do seu trabalho, quer dizer, os fatos.
A charge de A. Torres, publicada hoje no Diário do Pará, é um bom exemplo dessa limitação imposta pela vontade retrógrada ao jornalismo. Nela, na charge, estão desenhadas umas catacumbas e sobre elas a inscrição espirituosa, "A volta dos mortos vivos". As catacumbas são do governo Ana Júlia, do Remo, do Paissandu e da CPMF.
Tudo muito bem, tudo muito bom, louve-se a perspicácia do chargista em aproveitar a volta do debate a respeito do imposto do cheque para dar mais graça à piada.
Pena que um dos principais zumbis tenha ficado de fora, por coincidência patrão do chargista, aquele que considerou perseguição dos adversários a decisão do TSE em negar-lhe registro de candidatura, chegando a afirmar até com ar de deboche, durante o horário eleitoral, que o STF reformaria a decisão da justiça eleitoral. Como é sabido tal não aconteceu e o zumbi-patrão vaga grotescamente ensaiando passos de sua dança macabra, com um desajeitado corpo de baile de asseclas ao redor, feito clip do Michael Jackson, enfatizando ainda mais o quadro aterrador que o coronel Barbalho pensou pra si.
Infelizmente, isto ficou de fora da chrge do jornal. Quem sabe, para uma próxima charge. Certamente, se o senso de humor do patrão conceder tal liberalidade, já que o autor parece inverter o mantra da irreverência, vale dizer, perde a piada mas não o emprego. Uma pena!

3 comentários:

Anônimo disse...

Jorge,além do Barbalhão,faltou também o Paulo Mensalão Rocha.

Anônimo disse...

Anônimo das 13:42, não dá para comparar Paulo Rocha com Jader Barbalho. Não sou, nunca fui nem nunc serei a favor do mensalão, mas quem nunca se beneficiou dele em tempos de campanha que atire a primeira pedra, o Paulo Rocha errou nesse quesito, renunciou e está pagando por isso, a justiça foi feita que pague pelos seus erros. Mas daí colocá-lo no mesmo saco que o Jader há uma grande diferença, senão vejamos: o Paulo Rocha tem uma rede de comunicação, fazendas griladas? Foi algemado e preso por currupção ativa, passiva e o escambau a quatro? Enfim á Cézar o que é de Cézar?...

Abs Maria

NIna disse...

Caro blogueiro,

Se ele coloca na charge o coroné-patrão, ele tá na rua. Vamos combinar, nenhum jornalista empregado nos dois pasquins se atreve a fazer qualquer coisa que vá contra,até porque os donos não são do ramo, ambos são mercenários e oportunistas e usam os meios de comunicação para desinformare ajular a quem lhes interessa. Um abraço.