Fora Veritate. Fora Ibope

Os grandes derrotados da campanha eleitoral 2010 no Pará foram os institutos de pesquisa. O Ibope repetiu o triste papel de 2006 e 2008. Em 2006 a então candidata Ana Júlia fora derrotada pelo instituto mas acabou eleita governadora do Pará. Em 2008, o Ibope previu Valéria Pires Franco como prefeita eleita de Belém e a candidata do DEM acabou em quarto lugar. Agora em 2010 o instituto apontava Simão Lorota eleito no primeiro turno e Ana Júlia foi para o segundo turno. E no segundo turno apontou uma diferença de 20%, uma semana após o reinício da campanha, que serviu de instrumento de manipulação para a turma do PSDB, que usou à exaustão aquele índice na propaganda eleitoral. E no dia da eleição, anunciou 18 pontos a favor do candidato amarelo. Encerrada as eleições, a diferença foi de apenas 11%. Uma vergonha. O Veritate/UFPA "apurou" no primeiro turno, que Ana Júlia teria 24%, mas ela alcançou, nas urnas, 36%, doze pontos acima do previsto. Na véspera do segundo turno o mesmo instituto apontou que a candidata do PT teria 34% (dois a menos do que ela teve no primeiro turno) e o resultado do TRE revela a governadora com 44% dos votos. Dez pontos, portando de diferença. Esse vergonhoso instrumento que os dois principais grupos de comunicação do Pará, ORM/Liberal (Ibope) e Diário do Pará/RBA (Veritate/UFPA) utilizam para interferir e influenciar no resultado eleitoral deveria ser avaliado pela sociedade paraense como uma coisa nociva à democracia. Fora Veritate. Fora Ibope