Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

"É a volta do cipó de arueira..."

Conheço o deputado Arnaldo Jordy há pelo menos 25 anos e não creio que as acusações de um ex-assessor magoado tenham a dimensão que foi dada ao caso, tratando o deputado pepessista como se fosse um lobo travestido em pele de cordeiro.
Mas, creio, também, que para além das rusgas pessoais que levaram o advogado Tibúrcio Nascimento a tomar a atitude que tomou, pesou contra Jordy a postura de vestal assumida durante a campanha, colocando-se, sem que alguém o tivesse questionado, como impoluto, incorruptível e até acima do bem e do mal, uma espécie de Quixote tão acima dos semelhantes que até pode prescindir de sanchos ou dulcinéas por medo de eventual contágio.
Com efeito, ao ressaltar sua meritória ficha em décadas de militância política, Jordy atira às feras companheiros de sigla e candidatos no atual pleito, uns até com os bens em indisponibilidade, dando a entender que só ele está acima do bem e do mal, o resto serve tão somente para angariar votos que permitam sua unção e consequente perenidade no comando da sigla. Agora terá de enfrentar o mais difícil tipo de levante que se conhece, aquele que começa entre correligionários e não deixa claro quem está disposto ir até o fim ou quem tem comportamento de roedor em movimento rumo ao mar.
Enfim, fica a lição, mais uma vez, de que o moralismo aplicado à política é credencial tão inadequada quanto as desculpas de Ratzinger ao tentar apagar o rastro da pedofilia praticada a tripa forra pelo clero. Para ambos os casos, sobra a lição a respeito dos modos e aparência da Rainha: se não convecerem a sociedade, nada importarão. É isso!

Nenhum comentário: