Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Comovente

É impressionante o repentino aflorar do sentimento de solidariedade que se abateu sobre latifundiários, em relação aos pequenos agricultores, conforme revelou a futrica barbálhica(Diário do Pará), ontem. Só faltou explicar como pequenos proprietários sofrem os efeitos Pedro Melgaço, ou seja, como a grilagem de terras, muitas vezes usurpadas desses pequenos agricultores, seria benéfica a eles.
Na verdade, tudo não passa de mais do mesmo. A velha retórica de que o desconhecimento de nossa realidade é que levou o Conselho Nacional de Justiça a determinar que o TJE anule os títulos de terras flagrantemente irregulares. Quando é exatamente o inverso: INCRA, ITERPA e MPF fizeram um trabalho nunca dantes feito e desnudaram o mapa que reflete uma triste história que nos fez conhecidos como habitantes de uma terra sem lei, justamente por conta da continuada ação de quem sempre sentiu-se acima da lei e a tudo recorre para preservar tal situação. Até à mais deslavada chantagem. Constrangedor!

4 comentários:

Anônimo disse...

Li a reportagem e não vi nada que o senhor está vendo. O problema é que pessoas humildes sofrem a ameaça de perder seus lotes. Houve injustiça, que arrolou grandes latifundiários, aves de rapina conhecidas no campo, grileiros, misturados com pequenos que produzem. A nossa justiça tem a obrigação de resolver o problema.

Na Ilharga disse...

Permanece nossa divergência, com todo o respeito. Insisto que o problema de um título do pequeno proprietário pode até parecer semelhante ao dos que triplicaram no papel o tamanho do estado, porém, a diferença está na solução. A do documento do pequeno resolve-se ainda no cartório. A do título grilado requer ação enérgica do poder público não só para regularizar, mas para anular domínio fraudulento, por sinal, que se organiza para tirar do âmbito do Conselho Nacional de Justiça o poder de decisão. Enfim, não dá para usar como álibi que justifique malfeitos colossais, pequenos erros de registro de imóveis.

Anônimo disse...

Caro senhor, insisto que os pequenos foram jogados no balaio dos grandes grileiros e fazendeiros inescrupulosos tipo Daniel Dantas. A reclamação da SDDH e da Fetagri e sindicatos de trabalhdores, pelo que entendi na reportagem, é de que os pequenos precisam ser salvos da degola do CNJ. Em outros pontos abordados pelo senhor, concordo plenamente. Repito que a Justiça não pode ser cega, surda ou alienada na hora de separar o joio do trigo. Misturar tudo e jogar os pequenos às feras é que é injusto. Obrigado por aceitar as minhas ponderações.

Na Ilharga disse...

Pois é. Se cabe aos grandes o direito de tentar trazer para o TJE a decisão final, por que orgãos plenos de credibilidade como SDDH e Fetagri não podem recorrer em nome dos pequenos produtores?
Tenho certeza que até o MPF reabriria diálogo com esses segmentos sociais e até uma grande audiência pública poderia ser realizada na Assembléia Legislativa.
Eu é que agradeço a atenção e disponha sempre.