A censura da mídia e o HOL

Quando o presidente Lula resolveu falar sobre a manipulação da mídia brasileira, a reação das famílias que controlam os meios de comunicação e seus prepostos foi imediata. Reagiram demonizando o líder mais bem avaliado pela opinião publica brasileira. Para esses “deuses” , a mídia pode falar o que lhe convém, sobre tudo e sobre todos. Se alguém critica a falsa neutralidade, é censor, é ditador. Toda crítica à imprensa é vista como um atentado à liberdade de imprensa, à liberdade de expressão. Um bom exemplo de que para eles tudo vale e para quem se sente atingido, nada, é o comportamento da direção da Futrica Barbálica. A coluna que reflete a opinião dos donos sentou o malho na direção do Hospital Ophir Loyola (HOL), pautada por uma tucana conhecidíssima nos meios jornalísticos. A direção do hospital contestou a informação, mas a nota não foi publicada no mesmo espaço e foi diluída no meio de uma outra matéria, sem tratar da questão principal, que foi o processo judicial contra a Simens Ltda. Quando é a imprensa que age assim, não é censura. A mídia não admite que erra. Só o cidadão comum erra. Só as instituições (e seus dirigentes) que não rezam pela cartilha dos barões da imprensa, erram. Só quem censura é quem está fora da mídia.
Leia a nota que o jornal da família Barbalho não publicou na sexta-feira, dia 24 de setembro. :
“O Hospital Ophir Loyola (HOL) esclarece que o exame de angiografia sofreu descontinuidade por descumprimento de contrato da empresa Siemens Ltda, exclusiva no mercado para manutenção desse tipo de equipamento. O HOL está tomando todas as providências, inclusive jurídicas, para agilizar o serviço. A propósito, foi concedida liminar, publicada no Diário Oficial de Justiça do último dia 22 de setembro, intimando a Siemens a garantir a manutenção do equipamento, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia. Além disso, os frequentes picos de energia causados pela Celpa têm provocado transtornos e danificado componentes, prejudicando o andamento de diversos serviços no HOL. O Ophir Loyola atende cerca de 17 mil pacientes por mês de todos os 144 municípios paraenses e estados como Amapá, Maranhão, Amazonas e Tocantins. A SESPA, por sua vez, é responsável pela autorização dos exames e pelo encaminhamento dos pacientes que precisam realizar a angiografia ao Hospital de Clínicas ou Santa Casa, até que a empresa SIEMENS entregue o aparelho funcionando plenamente”.