É comum deparar-se com jornalistas usando a expressão "sensação de insegurança", mesmo quando não estão se referindo à recorrente idéia que essa frase encerrava para os tucanos quando queriam tergiversar a respeito de sua incompetência para lidar com a segurança pública, no tempo em que governavam o Estado. Jornalistas a empregam, regra geral, para referir-se ao temor que o cidadão/ a cidadã tem de ser assaltado a qualquer momento ao sair de casa.
Isto, por sua vez, é decorrência do tema atualmente ser tratado de forma diferente. Se há assalto com refém, responsabilize-se o governo; se o combate ao narcotráfico se intensificou, provocando o acirramento na disputa de quadrilhas por pontos de vendas, aumentando o número de execuções, por consequência, engrossando a estatística do número de homicídios, a culpa é do governo; se o número de ocorrências cresceu porque hoje as delegacias não se furtam a registrá-las, como acontecia em governos passados, veículos de comunicação divulgam que a criminalidade cresceu e critique-se o governo.
Ora, essa pressão social talvez seja o mais importante fator para que se constate, pela primeira vez em anos, que a polícia vem ganhando a guerra das ruas por contar com um número maior de policiais e um melhor equipamento, além de mais dedicação do poder público a um tema tão caro socialmente. Se você folhear os cadernos de polícia de Liberal e Diário hoje, notará a presença da polícia agindo nos quatro cantos do estado, bem diferente da época em que recorria-se à "sensação" para mascarar uma atitude de descaso. É óbvio que ainda estamos bem longe daquele estágio em que se possa andar por todas as ruas sem sobressaltos, no entanto, é inegável que atingimos um patamar em que se constata uma presença da polícia tão significativa que se pode afirmar sem susto: a segurança pública no Estado do Pará melhorou flagrantemente.
5 comentários:
Conta outra, Jorge
Conto. Era uma vez um grupo de emplumados que se achava o suprassumo do chic. Um dia, encontraram um monte de pessoas malvestidas no meio de uma estrada e acharam aquela visão tão grotesca para os seus sofisticados olhares que resolveram chamar seus jagunços e mandaram liquidar dezenove daqueles "feios, sujos e malvados".
Desde então, a população constatou que, por trás daquela farta plumagem, não estava um passaro a enfeitar nossos céus, mas uma rapina disposta aos mais torpes ataques contra os mais fracos.
Conto. Era uma vez um grupo de emplumados que se achava o suprassumo do chic. Um dia, encontraram um monte de pessoas malvestidas no meio de uma estrada e acharam aquela visão tão grotesca para os seus sofisticados olhares que resolveram chamar seus jagunços e mandaram liquidar dezenove daqueles "feios, sujos e malvados".
Desde então, a população constatou que, por trás daquela farta plumagem, não estava um passaro a enfeitar nossos céus, mas uma rapina disposta aos mais torpes ataques contra os mais fracos.
Err... na verdade, são as duas coisas, e ao mesmo tempo, duas coisas distintas.
Entenda:
http://www.schneier.com/essay-155.html
bom comeco
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