A mídia conservadora tem batido com frequência nos "aliados" do candidato tucano que estão abandonando o barco, pois a água já está na cintura e continua subindo. A FSP(Folha Serra Presidente) montou até uma espécie de patrulha jornalística(?) de caça-traíras denunciando-os publicamente de mudar de lado, aderindo à candidatura Dilma. Quem leu o Elio Gaspari ontem, teve a impressão que aquele texto foi psicografado do capitão Mendonza(personagem de Robert de Niro antes da sua conversão, no filme A Missão, que caçava índios de forma brutal em terras guaranis para torná-los escravos dos portugueses e espanhóis), tal a fúria com que o veterano jornalista investe contra os "fujões", na vã tentativa de mante-los escravizados à aventura serrista.
Curioso que o oposto é solenemente ignorado. Isto é, as defecções de supostos aliados de Dilma passando-se para o lado de Serra são tratadas como fato natural e consequência da sabedoria política do conquistador. Não que se tenha algo a lamentar com a perda do pemedebista Orestes Quércia, que preferiu o barco tucano desrespeitando decisão nacional, ou quanto a manobra urdida em Santa Catarina, quando o PMDB local manteve candidatura própria para o governo do estado apenas para impedir a negociação nacional que apontava para um apoio da sigla à petista Ideli Salvatti. Depois de escolhido o candidato, esse renunciou para apoiar o DEM.
Nesse episódio, o que (ainda) estarrece é a grande imprensa do Sul/Sudeste encenar cinicamente repulsa a esse nomadismo político de conveniência, quando ela mesma segue o tosco e torpe script assinado pela titular da Associação Nacional dos Jornais(ANJ), ao "fazer o papel da oposição, pois essa está fragilizada". Lamentável!
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