Dissemine-se o boato, antes que os fatos venham à tona!
A máxima(?) mafiojornalística que orienta o procedimento da futrica barbálhica(Diário do Pará), funciona como uma espécie de realidade autônoma que prescinde da análise dos acontecimentos para desenvolver-se. Na Grécia antiga, poderia até estar inserta na mitologia, pela relação causal estabelecida entre essa explicação autônoma e o desfecho tràgico para algum personagem desse enredo.
A diferença entre a mitologia grega e a barbálhica não está apenas na gigantesca distância, que separa o talento daqueles que conceberam uma narrativa alegórica para explicar os desdobramentos históricos dos grandes feitos dos seus heróis, e até hoje são cultuados por conta da beleza dessas narrativas; em comparação com resignados asseclas produtores desse fast food pseudo jornalístico de tempero repugnante.
Heráclito( filósofo grego pré-socrático) dizia que o oráculo de Delfos não revela nem oculta, mas significa..."Sentindo a insuficiência do sistema linguístico para desvendar o mistério do mundo, desenvolveu uma linguagem ambígua, alusiva, multissignificativa, apta a apanhar a complexidade da realidade apenas entrevista, discurso que gera outros discursos em corrente sem fim determinável..."(Daniel Schüler).
Na mitologia barbálhica, a empreitada visa a ocultação(dos fatos), a revelação( do engodo). E o discurso tem caráter dogmático comportando apenas uma conclusão, já que não busca apanhar a complexidade dos fatos, muito pelo contrário, é a narrativa simplificada como atalho para atingir o objetivo belicoso da destruição do inimigo.
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