Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A conta e a gorjeta na conta da viúva

É largamente conhecida a tara tucana por bares, pode-se afirmar até que está no mesmo nível da tara do Papudinho por docas. Em seus doze anos de governo, espalharam vários deles pela cidade. Apeados do poder, um número muito grande desses emplumados pegou suas economias de mais de uma década e adentrou nesse ramo empresarial. É como se fosse a grande marca de um governo que, de resto, sobreviveu às custas da venda da fachada e de ilusões e sem abrir mão desse estilo pré-queda da Bastilha: quase não houve realização tucana que não contasse com uma birosca chic anexa.
É até inegável que isso contribuiu para incrementar o setor de lazer da cidade, principalmente em áreas frequentadas pela classe média. No entanto, como se tratava de "marca", tinha que carregar consigo o peso da responsabilidade do seu sustento nos mesmos moldes exigidos a um pai em relação a um filho.
O resultado dessa "obrigação" pode-se constatar até em singelos comentários jornalísticos, como o feito hoje no Repórter da Ditadura(70), em que é lamentada a falta de potência no ar condicionado num conjunto dessas tascas de luxo, com a lamúria dos empresários que exploram esses empreendimentos acusando a queda do movimento em 40%, ficando subentendida a obrigação do poder público em promover o conserto.
Vale dizer, o dinheiro público arrecadado com a cobrança de impostos, alguns embutidos em gêneros fundamentais para consumo de uma população que não frequenta e nem jamais frequentará esses locais, mas terá a obrigação de contribuir para a sua manutenção, porque um burocrata alienado imaginou que esssa escorcha seria a forma dos do andar debaixo manifestarem seu agradecimento pelo embelezamento da cidade. Que nunca chegou ao Benguí, ao Tapanã ou quaquer outro bairro da periferia na medida em que tucanos não devem considerar parte de Belém aquele pedaço que fica além da sede da Assembléia Paraense. Lamentável!

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