Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Baenão", para sempre.

É digna de todos os elogios a atitude da Escola de Arquitetura da UFPA, em solicitar o tombamento do Pórtico do Estádio "Evandro Almeida". Ali está guardada uma boa parte da história do futebol paraense. Foi lá que Alcino, um desconhecido egresso do Madureira, estreou contra a Tuna fazendo o gol da vitória, em amistoso de apresentação do jogador(1972), e depois tornou-se o mais popular jogador de uma equipe que viria a representar o futebol paraense com grande dignidade, virando ídolo em uma época que jogador de futebol era visto sob o olhar preconceituoso por uma parte da sociedade, dada sua origem humilde.
E foi ali, também, o palco de uma das vergonhosas cenas do futebol paraense quando o então presidente do Clube do Remo, inconformado com a validação do gol que daria a vitória ao Paissandu, depois do árbitro Romualdo Arpi Filho(falecido) ter anulado dois gols bicolores legítimos, agrediu o bandeira Darcei Lucas com uma bofetada no rosto que ecoou por todo o estádio exigindo a marcação de impedimento. Como era deputado federal da ARENA, partido oficial da ditadura militar vigente, Ribeiro não foi moletado pela polícia e, ao contrário, postou-se no meio de campo de forma ameaçadora até que bandeirinha e juiz voltaram atrás e esboçaram a anulação do gol.
Aí foram os jogadores do Papão que não se conformaram e, sem querer, provocaram uma grande manifestação contra o regime ao chamar a torcida para invadir o gramado, sendo prontamente atendidos, virando o campo de jogo campo de batalha com muitos feridos de lado a lado e muita gente presa.
O jogo não terminou, mas o 0x0 imposto pela truculência da ditadura militar serviu também para mostrar a força popular quando se levanta.

6 comentários:

Anônimo disse...

Conversa,
O Dr. Manoel ribeiro foi um grande diretor e no tempo dele todo mundo tinha que respeitar o Leão.

Na Ilharga disse...

Mas hoje ele não faria o que fez nos tempos da "redentora". O episódio aqui citado ninguém me contou, eu vi. Assim como ouvi um narrador, hoje comentarista, culpar o Roberto Bacuri pelos incidentes por este ter incitado a torcida do Paissandu a invadir o gramado, no que foi prontamente atendido.
Certamente, o narrador em questão devia estar se borrando de medo do Manoel Ribeiro, que já havia agredido físicamente outro narrador dias antes. Era um mastim da ditadura que a democracia, felizmente, se encarregou de tirar de cena.

humberto lopes disse...

Ei, meu caro professor (de ...). Saíste da torcida da Tuna? Vão ficar lá só raul e o marcos moraes?
Um abraço.

Na Ilharga disse...

Meu caro r..., fui atleta cruzmaltino, gosto muito da Transportiva, mas sempre fui bicolor.
Um abraço, aparece.

Marcos Moraes de Lima disse...

Calma, Humberto, briguem vocês por lá, a Tuna não se mete em futrica, não. Nós cruzmaltinos, somos poucos mas somos felizes, né Daniel Veiga?

Na Ilharga disse...

Humbertinho,
Esqueceste o ínclito professor João Raimundo, o Cãndido e o Elias Pinto Jr. Estás ficando velho e perdendo aquela memória de velha fofoqueira.