Velhacarias

Um dos argumentos mais usados, nesse imbroglio da liberação do Mangueirão, foi, se o Pará não consegue preparar o estádio para um clássico regional como é que pleiteou sediar chave de uma Copa do Mundo?
Atitude típica de velhacos, que tentam manipular a opinião pública julgando-a desinformada. Neste momento, o Mangueirão está mais apto a sediar jogos do que 60% dos estádios em sedes escolhidas. Para se ter uma idéia, o Morumbi, estádio particular do São Paulo Futebol Clube, foi condenado pela FIFA e provavelmente não será utilizado. E nem por isso São Paulo foi preterida, e nem por isso o Morumbi foi interditado para jogos do Paulistão ou Brasileirão.
De Manaus, então, nem se fala. A discussão hoje travada é: implode-se o Vivaldão, ou dá-se um jeito de preservar as linhas arquitetônicas do velho, construindo-se um novo que atenda as exigências da FIFA, o que dá a dimensão exata da atual situação do estádio amazonense. E nem por isso Manaus deixou de ser escolhida.
É óbvio que Belém habilitou-se melhor do que muitas outras cidades para sediar a Copa de 2014, porém a decisão não era técnica e sim política. A prova disso é a escolha de Natal, um gesto de gratidão de Ricardo Teixeira para com o senador José Agripino Maia(DEM-RN) por este ter livrado a barra do presidente da CBF em uma CPI que apurava bandalheiras no futebol brasileiro.
Aqui, no Pará, neste momento, ocorre algo parecido. Quem posa de defensor do torcedor é quem mais judia deste, por ter outros e mesquinhos objetivos: impedir que o campeonato paraense seja exitoso, assim como vibraram e torceram contra Belém para sede da Copa do Mundo de 2014. Coisa típica de salafrários.