RexPa

Ao contrário do que possa parecer a alguns, é pouco provável que o Ministério Público tenha priorizado o interesse público, com sua obssessiva atitude de impedir a realização do jogo de domingo. Basta ver o histórico de omissões do MP em outras situações semelhantes.
Lembro que, ano passado, houve um jogo no Estádio Edgar Proença pela parte da tarde, depois da realização do Grand Prix de atletismo pela manhã, e era possível ver vários equipamentos ainda espalhados pela pista o que colocava em risco a integridade física de atletas.
Ainda, ano passado, em dezembro, houve um evento de caráter religioso no estádio e o MP não viu nenhum risco à integridade das pessoas embora estivessem presentes mais pessoas do que o número médio que costuma comparecer para assistir o clássico maior do nosso Estado. Sem contar a grande quantidade de atitudes desrespeitosas, verificadas no dia a dia, contra os direitos do cidadão e não sentimos a presença de promotores combatendo essas irregularidades.
Não se pretende que o MP vire as costas e negligencie suas atribuições contribuindo para que se crie uma situação de permanente desrespeito aos direitos do torcedor. Porém, é preciso ter sensibilidade nesse momento de transição e não querer que tudo aconteça ao mesmo tempo. É inegável que há muito a fazer, assim como é inegável que já estamos mais distantes dos tempos do xixi nas costas dos outros. Ações construtivas muito contribuirão para que se avance mais ainda no rumo de outras conquistas. Exemplo? Que tal o Ministério Público ficar de olho nas empresas de transporte coletivo, recomendando que coloquem, no retorno do estádio, número suficiente de ônibus para fazer o torcedor voltar pra casa com tranquilidade? Será pedir muito ao MP?