Segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas, pela primeira vez em nossa história, ou, como nunca antes na história deste país, a renda dos 91 milhões que fazem parte da classe C, com renda mensal entre R$1.115,00 e R$4.807,00 foi maior que a soma da renda dos 19,4 milhões dos integrantes das classes A e B.
Em 2003, a renda da classe C representava apenas 37% da renda nacional; hoje, chega a 46%, contra 44% da renda das classes A e B. Isto é fruto do aumento real dos salários nesse período, para o qual o consórcio demotucano torce o nariz e até condena, como no caso do aumento concedido a servidores públicos, pois, hoje,68% da nossa força de trabalho com carteira assinada pertencem a classe C.
Como FHC comparará o arrocho brutal que praticou com esses números extraordinários é ainda uma incógnita, porém ele há de ter uma falácia bem ao seu estilo para o caso. Provavelmente não surtirá efeito persuasivo no eleitorado brasileiro, mas que provocará risos disso não tenham dúvidas.
Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
3 comentários:
Lembras que um dia, lá pelo primeiro governo do Lula eu comentei sobre as oportunidades de emprego que os jovens do Bengui estavam tendo? Falava sobre a jardinagem, o adubo e o trabalho daqueles meninos. É possível ver no nosso cotidiano essa melhora, que produz contraditoriamente momentos de violência pela, ainda, exclusão de outros jovens. Mas, felizmente, a tendência é acalmar este indutor que se materializa no consumo, sobretudo quando as famílias passam a ter acesso a bens. Um outro indutor, porém, precisa ser tratado em todas as frentes, inclusive e principalmente no campo educacional, que são as drogas, ou o uso cada vez mais precoce, além da venda, também, praticada por jovens que vêem nessa atividade o caminho para o enriquecimento fácil.Ai, Jorge, precisamos continuar trabalhando, investindo em pessoa, em frentes a formação e qualificação para o trabalho, em técnicos e professores capazes de oferecer um via, ainda que mais modesta, mais segura para essa juventude. Não podemos negar os avanços que estamos vivenciando, mas não podemos ser complacentes com o enriquecimento ilícito de determinado malandros, que continuam a ver na corrupção – como os meninos vêem nas drogas- o caminho para a satisfação de suas frustrações. Que sejam mantidas essas conquistas e ampliadas com o combate à corrupção.
Mais uma vez, acertas no alvo com tuas observações. É cada vez mais evidente que o dinheiro da corrupção caminha próximo ao do tráfico de drogas e ambos abastecem uma parte podre de nossa elite que ainda tem influência política.
E é essa chaga que se vale da atuação medíocre de certos administradores para tirar jovens e adolescentes dos estudos, desviando-os para a trilha do crime.
A corrupção é um expediente endêmico na sociedade brasileira em geral, até porque um dos seus pilares de sustentação é o famoso e tradicional "jeitinho" brasileiro.O próprio Imperador Pedro I era compadre do bandido expert em rapinagem Lord Cochrane, que foi embora do Brasil levando Atlântico a fora inúmeros navios e mais de 100 mil contos de réis. No ver-o-peso, bem aqui perto de nós, impera o anarco-adágio latino: Bobeatus sunt enrrabatum est. E por aí vai.É o médico que faz um curativo e diz que fez uma cirurgia. O juiz que expede liminar suspeita.O advogado que "passa" um celular no presídio.O guarda que conhece o professor na fila do banco e guarda a vaga por 5 paus.....Egua!Tem até quem faça a ORAÇÃO DA CORRUPÇÃO.E por aí vai.O problema da corrupção não é só dos políticos.O nosso povo em geral, quando pode, passa a perna na gente. Aliás, com os Big-brother da Globo, ninguém precisa mais de curso para ser iniciado na arte da esperteza.É lamentável.Al Capone treme na cova.
Esse negócio de recorrer ao velho chavão da corrupção precisa ser acompanhado dessa visão mais ampla de readequação da conduta coletiva da sociedade brasileira.Um político ordinário não é corrupto de si mesmo. O é, demandado por alguém nas eleições.Que votou nele e com certeza fez troca-troca barganhoso de forma irresponsável.Portanto, parte ( e que parte)do povo, faz por merecer o revés que procurou tentando "se dá bem na parada" como eles mesmos falam.É hora de repensar a nossa forma de ser educado.Menos teoria e mais resultado.Na família, na comunidade e no trabalho.
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