Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A Terceira Via de Raul Meireles

É primorosa, no atacado, a análise que o advogado Raul Meireles faz, n'O Liberal de hoje, do quadro sucessório no Pará. Porém, quando vai para o varejo, por limitações auto-impostas, ele derrapa feio ao desejar mais do que avaliar.
De qualquer modo, como neo-petebista e conselheiro de D. Costa, parece ter autoridade suficiente para chamar Jáder Barbalho a dançar esse minueto político contando com o engate de um namoro antes do terceiro tempo. Mas, embora não diga, Raul sabe que essa não é a única possibilidade, assim como tem cheiro de blefe a afirmação de que jáder não apoiará, em hipótese alguma, Ana Júlia, no primeiro turno.
Se o PT aceitar as exigências de Barbalho é óbvio que este terá melhores perspectivas de obter êxito no seu projeto junto à governadora, do que aliando-se a um prefeito desgastado e com a corda no pescoço, por conta de um transatlântico de processos contra si, uns tocados até pelo próprio PMDB de Jáder.
Na verdade, Raul sabe que a situação de D. Costa não é tão tranquila assim. Nem política nem financeira. Politicamente desgastado pelas sucessivas denúncias de corrupção administrativa e sentenças condenatórias em primeira instância, Dudu já não é mais, aos olhos do subproletariado, o paizão de antes.
E financeiramente, diante de tantos contratempos com convênios assinados e não realizados, seguramente Dudu não terá tantas torneiras assim jorrando o líquido que irrigará seu sonho de governar o Pará. Com isso, o desejo de atrair o PP, entrar na Região Sul/Sudeste, onde a presença do governo do estado está, ao contrário do que diz Raul, é bastante forte pelo volume de obras em andamento, não será tão fácil como Meireles supõe.
Raul deu um belo pontapé inicial. Vamos ver qual será o próximo passo, ou a próxima manifestação posta no tabuleiro político, para que o grande público tenha condições de perceber por onde se encaminhará o jogo sucessório, nunca antes tão intrincado.

8 comentários:

guilherme marssena disse...

Este vossa senhoria conhece como ninguém.

guilherme marssena disse...

Este vossa senhoria conhece como ninguém.

J. Pinto Durão disse...

Caro Jorge,
Para Raul meireles, intitulado por muitos petistas como o nosso "Renegado Kautsky", uma referência ao chefe ideológico da II Internacional, o qual também era chamado por Lênin de "Oportunista Kautsky",mas, voltando ao tupiniquim Meireles, para o Sr. Raúl a história se repete.
Lembremos do velho e bom Marx ao dizer: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
Duciomar na história recente da política paroara tem sido a maior farsa.
O 1º governo foi uma tragédia, Belém regrediu... O 2º governo, não existe.
Parece que o impoluto Raul tem lido Anthony Giddens, sociólogo britânico que desenvolveu a teoria da alternativa entre direita e esquerda: a Terceira Via.
Os descolados e os novidadeiros de última hora adoram se abraçar na Terceira Via: a nova panacéia.
Eu me pergunto: Como o Sr. Raul tem a cara de pau de apresentar o Dudu "Portal do Escambau ilustrado" como a terceira via?
A Terceira Via de Giddens rumaria de fato para a superação do impasse entre direita e esquerda...
Não sei como o Raul não tem vergonha de meter a cara para ser porta-voz desse falsário e farsante.
Peloamordedeus! Dudu não é via de nada!

Anônimo disse...

Sonhar não paga nada!
Ele só tem razão, em uma coisa, a qualidade e dificuldades dos articuladores politicos da governadora, enredado em seus interesses e objetivos pessoais.

Ricardo Charone disse...

Uma das poucas coisas que devemos ter muito cuidado em preservar é a nossa biografia...

Algumas pessoas pessoas deixaram sua história sair pelo ralo da descarga...

Falei isso uma vez para o Ze Carlos e o Raul está no mesmo rumo...

Ricardo Charone

BELÉM LIMPA X BELÉM SUJA disse...

Agora vamos falar de política. Não que educação não seja política, claro que é e muito. Mas de sucessão, que é a bola da vez em 2010, será em 2012, etc. Uma coisa é verdade: ele sozinho não leva nada, mas, o que é triste nesse tabuleiro é que sem ele, dificilmente alguém leva. Assim, todos querem Barbalho do lado. Com todo respeito a ele: não seria hora de alguém com estrutura de campanha, capacidade de articulação e poder de convencimento deixar o clã dos proprietários do Diário de fora e tentar chegar à vitória sem eles? O que tu achas disso? Não penso que seja um jogo fácil, mas se bem trabalhado tu não achas que qualquer um poderia sair vitorioso apostando na rejeição que o nome Barbalho tem junto ao eleitorado, ainda que ele seja o mais votado deputado federal do Estado, mas há tempos sem um cargo majoritário e com dificuldades de voltar ao Senado mesmo com duas vagas.

Na Ilharga disse...

Acho que não, João Raimundo. Na eleição de 2002, quando Jáder optou por Jatene, essa opção lhe deu um capital político fantástico que, hoje, mesmo que não se queira admitir, ele é muito forte em quase todas as regiões do estado por conta das lideranças que espalhou nessas regiões.
Além disso, ele é muito articulado nacionalmente o que faz dele um aliado preferencial, ainda que isto soe estranho. Portanto, a meu juizo, enquanto não o enfraquecerem politicamente fazendo surgir lideranças populares nos quatro cantos do estado, não conseguirão reduzir seu peso eleitoral.

BELÉM LIMPA X BELÉM SUJA disse...

A vitória do Jatene foi por 0,5%, lembras? Se o PT viesse com outro nome, com maior desenvoltura e mais conhecido que a Maria, com todo respeito a ela, teria levado. Muita gente lamentou não ter se lançado candidato naquele ano, mas era tarde. Hoje, realmente talvez seja diferente, o próprio PT deu fôlego (e que fôlego) aos Barbalhos.