Provincianismo

A (falsa) polêmica, sobre a repintura do painel da Palmerinha, não passa de tique nervoso de adoradores de ídolos de fancaria, que teimam em exaltar as poucas obrigações cumpridas por passageiros administradores, em feitos memoráveis que deveriam torná-los grandes vultos históricos.
Com efeito, os dois personagens que compunham a pintura anterior, diga-se, feita com o intuito de promoção pessoal, portanto, ilegal, já estão inscritos em nossa história. Não como desejavam, mas como merecem, em função do que fizeram como agentes públicos. Se suas biografias não são nada edificantes, paciência! Não serão gravuras nas paredes que ocultarão os milhões superfaturados na Estação das Docas, ou a vergonha de Eldorado do Carajás. Ademais, equipamentos públicos são ferramentas de serventia da sociedade, e não propriedade de quem os projetou ou inaugurou, para que fiquem reféns de suas idiossincrasias, portanto, vamos parar com esses chiliques descabidos, pois isto só piora a situação de quem o povo retirou de cena.