Como o mais importante movimento social do país, na atualidade, o MST precisa dialogar sempre com o governo e estabelecer uma comunicação maior com o conjunto da sociedade, caso contrário, perderá para a UDR a primazia da simpatia da população. Não se trata de ser simplesmente agradável, mas de convencer a massa da justeza de sua luta junto com denúncias do modo de agir dos ruralistas, frequentemente ao arrepio da lei.
Confronto puro e simples com o governo do estado terá como efeito prático imediato o isolamento deste. Enfraquecendo-se um governo de diálogo, sai fortalecido o projeto conservador que promoveu o massacre de Eldorado, consequentemente, quem leva vantagem são aqueles que vivem da criminalização do movimento.
Ministério Público e orgãos de governo já mostraram o deplorável mapa da grilagem, em nosso estado, algo que desmoraliza sobejamente o discurso de defesa do direito à propriedade, muitas vezes entoado por vis ladrões de terra.
Ora, por que o MST não estabece um diálogo com o MPF, Justiça e essas esferas de governo, para que seja feito um mutirão da legalidade em que se descortine a perspectiva de um mega processo de confisco de propriedades adquiridas de forma fradulenta, destinando-as à reforma agrária?
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