Depois de admitir a possibilidade de intervenção federal no Pará, o Tribunal de Justiça do Estado volta ao centro do debate sobre a questão fundiária, desta vez como réu. O Conselho Nacional de Justiça questiona o nosso TJE o porquê de ele manter engavetados cerca de duzentos processos referentes a crimes contra trabalhadores rurais.
Por outro lado, o governo do estado acusa o nosso judiciário de ignorar, também, os inúmeros pedidos de anulação de títulos de terra que teriam sido griladas. Ou seja, paira no ar a sensação de que o tratamento dispensado não prima pela equidistância, fundamental para a função de julgador, quando o assunto é a questão agrária usando-se de dois pesos e duas medidas. Pelo posionamento do CNJ, percebe-se que a nota do PT, em solidariedade ao MST, não era tão improcedente quanto acusaram as entidades empresariais que contestaram a nota e solidarizaram-se com o TJE. Antes, ao contrário, a dita nota cobra do nosso tribunal o mesmo que o conselho cobra e pelo qual o tribunal deve se manifestar prestando os esclarecimentos pertinentes. Não ao PT, mas à sociedade paraense.
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