Matéria intitulada "Demora no atendimento desespera pacientes do HOL", assinada pela repórter Fabiana Batista, publicada hoje no Diário do Pará, deveria servir de exemplo pedagógico-religioso para explicar o que ocorreu na Torre de Babel à hora da confusão das línguas.
O sinistro retórico tenta informar o caso de uma paciente, que procurou aquele hospital tentando tratar-se de um câncer, porém, vítima da incúria daqueles que lá trabalham, segundo a matéria, acabou tendo que retornar pra casa sem o atendimento.
Lá adiante, tentando dar sentido àquela confusão, percebe-se que em 2008 a dita paciente fez, sim, uma cirurgia, por sinal no próprio Ophir Loyola, além de dez sessões de quimioterapia. O passo seguinte seria uma radioterapia, que a reportagem afirma estar sendo negada à paciente. Nem nisso podemos acreditar, pois, mais adiante, a mesma matéria afirma ter ido aquela pessoa ao hospital "buscar sua documentação para fazer o tratamento no estado do Maranhão", o que não teria sido fornecido, sem se explicar os motivos do não fornecimento muito menos quem proporcionou esse tratamento no vizinho estado.
Na verdade, todos sabemos que a saúde pública, no Brasil, é acometida de vários problemas, principalmente de gestão. Que não serão resolvidos enquanto essa gestão estiver nas mãos de administradores ligados à rede de medicina privada. Por isso é fundamental o papel da imprensa na denúncia dessas mazelas que atormentam aqueles mais humildes dependentes dessa rede pública. Mas isso só terá credibilidade, bem como só contribuirá para que a sociedade pressione por mudanças se guardar respeito à verdade dos fatos.
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