O Canastrão

O senador canastrão Tapiocouto, que sempre vai à tribuna atacar, ontem foi defender-se. É verdade que ainda desferiu alguns impropérios bizarros contra os governos federal e estadual fazendo, de forma torpe e grosseira como sempre, aquilo que ele julga ser o trabalho de um parlamentar oposicionista, mas, o que chamou a atenção mesmo, foi a forma claudicante como ele se comportou, dando a nítida impressão de que está acovardado.
Depois de muito atacar o diretor- geral do DNIT, parece que agora veio o troco e o sr. Pagot está abrindo um processo judicial contra o antigo bicheiro, hoje no Senado Federal. Talvez, a preocupação maior seja porque ele ocupou a tesouraria do antigo DNER e tinha estreitas e perigosas ligações com empreiteiras, principalmente a Fernando Uchoa de Moura. Se isto vier à tona , na investigação solicitada por ele mesmo, é provável que seja um tiro no próprio pé.
Além disso, Tapiocouto foi escalado, por operadores políticos da ditadura militar, para dirigir uma escola de samba no populoso bairro do Guamá a fim de contrabalançar a grande influência de Jáder Barbalho em outro bairro também bastante populoso: o Jurunas. E assim foi criada a Escola de Samba ARCO-ÍRIS, uma espécie de BEIJA-FLOR no tucupi, sob as bençãos do perigoso delinquente de Nilópolis, Aniz Abraão Davi, tendo como testa- de- ferro um novo contraventor no pedaço: o "empresário" Mário Couto.
Se os detalhes sórdidos dessa trajetória empreendedora vierem a público, por certo, mostrarão que há mais senadores envolidos com vilanias e bandidagens do que pode supor a nossa vã moralidade. Como macaco que escorregou no quiabo tem receio até de banana, então, pode estar aí o motivo pelo qual o senador das tapiocas demonstrou tanto nervosismo, na sessão de ontem.