Até o notório comborço, Valdemar Costa Neto, com a malandragem que o notabilizou, aludiu que a pena foi exagerada, mas sugeriu que Bozo já faz parte do passado.
Na verdade, foi dada a largada para a 'operação Tarcísio', cercada de cuidados para não melindrar o gado, mesmo sabendo que o esperneio do clã não será nada silencioso.
Particularmente no caso de Bozo, que já havia sido declarado inelegível pelo TSE, até 2030, subiu assustadoramente depois da citada sentença.
Baseada na Lei da Ficha Limpa, que condena à inelegibilidade por oito anos após o término da pena, agora a inelegibilidade do inominável passou para o distante ano de 2060.
Vamos a conta: condenado, em 2025, a cumprir pena de 27 anos, logo, sua pena encerrar-se-á(uuuiiii) em 2052; somados os oito da inelegibilidade pós cana braba, chegamos a 2060 como o ano que seria o da volta triunfal do 'monstro da covid' às urnas.
A propósito, alguém sabe informar se a rede Globo ainda exibe a reprise da novela 'A Viagem'?
Claro que este não pode ser considerado um dado absoluto, mas, é daqueles em que a verossimilhança escuda-se na opinião da população, então, por mais que haja um cheiro de publicidade no ar, é inegável que a população ananin, a segunda mais numerosa do estado, aprova maciçamente a gestão de seu alcaide.
E nesse fogo cruzado entre MDB e PSB, sim, porque nada indica, como sonha o barbalhismo, que Daniel migrará do partido de Alckmin para o enfraquecido partido do agora condenado Bozo, reforçando-se, com efeito como uma alternativa à esquerda e parte do centro político que parece saturada do coronelismo helderista e sua retórica vulgar, onde a virtú é a exacerbação do aniquilamento dos fatos imprevisíveis que a história oferta ao príncipe.
Resumo da ópera: Daniel segue favorito na disputa do ano que vem, apesar delas, das pesquisas que o governo do estado encomenda a fim de incensar sua pesada candidatura. É isso!
Depois da revista Economist, agora foi a vez do jornal New York Times elogiar o Brasil onde os EUA falhou.
De fato, a trama golpista que tentou destroçar o resultado das eleições de 2022 foi exemplarmente punida e os culpados condenados pela justiça brasileira.
Já a conspiração fascista, que resultou em destruição e mortes no Capitólio a quando da diplomação do então presidente Joe Biden, foi minimizada pela justiça e acabou rendendo a volta de Trump, que ainda perdoou os insurrectos.
Claro que a turba republicana, à frente os bufões Trump e Marco Rubio, seguem blasfemando por democracia onde a justiça funcionou, enquanto em seu território prendem e arrebentam quem deles discorda e manifesta indignação diante do fascismo persecutório que os caracteriza.
Dois foram cassados pelo TSE, por fraude no regime de cotas eleitorais, um foi expulso pela própria bancada, dois estão fora do país, uma presa e outro foragido e o delegado Alexandre Ramagem foi condenado, ontem(11), entre outras penas, à perda do mandato.
Claro que seria exagero recorrer ao chiste, 'o último que sair apague a luz', afinal, continua sendo a maior bancada partidária da Câmara Federal, fora as federações.
Todavia, é inegável que um sinal está sendo emitido no sentido da tendência de queda desse número, uma bancada certamente eleita, em 2022, como a grande beneficiária do uso da máquina eleitoral montada para eleger o presidente da República que, mesmo derrotado, viu sua bancada tornar-se a maior da Câmara Federal.
Vejamos como a queda do império fascista repercutirá por aqui pelo Pará, que elegeu três deputados federais, em 2022, e terá grandes dificuldades em manter esse número, sendo que voltará a ficar refém da votação do delegado Eder Mauro, por sinal, atualmente com votação menos expressiva do que já alcançou.
É verdade que preso não pode ser candidato a mandato eletivo, conforme legislação vigente, e Bozo não será solto tão cedo.
Mesmo assim, essa outra inelegibilidade constante do pacote de punições à organização criminosa que tentou dar golpe aumenta a distância de Bozo da cena eleitoral.
E tinha que ser assim, afinal, a trajetória desse indivíduo na política mostrou que ele jamais serviu ao povo, mas, ao contrário, usou seus mandatos eletivos para ganhar dinheiro às custas do parlamento.
Diante disso, nada mais normal que esteja inelegível, inabilitado, inapto a disputar eleições dado seu histórico de antítese daquilo que se espera de alguém investido em cargo público, conforme atesta sua folha corrida.
A partir de hoje, ainda discretamente, porém, lá adiante mais acintosamente, começa a corrida pela apropriação desse espólio eleitoral nada desprezível, embora sujeito à volatilidade, de uns 20% do eleitorado brasileiro.
Os abutres esfomeados do conluio agiotagem/ crime organizado já ensaia apostar em outro celerado para substituir o agora condenado, por coincidência, também um ex capitão do Exército, com a mesma sanha assassina e ímpeto assaltante.
Todavia, pelo que ainda se vê atualmente, o clã ainda espera Godot, isto é, aquele momento mágico em que uma força estranha trazida pelos ventos do norte mudará essa situação e o capitão, hoje condenado, renascerá da crença sebastianista que o fará estar à frente das tropas fascistas novamente. Ou seja, pelo menos por enquanto, não há acordo entre os legatários do fascismo a respeito do 'legítimo' sucessor. Dureza!
Era defensor ferrenho da causa macabra, cada cidadão um porte de arma, máxima(ou mínima), comum ao extremismo fascista e parte daquilo que defendia o ex presidente do Brasil.
Por sinal, ao fugir para os EUA nos últimos dias do seu malsinado mandato presidencial, Jair Messias teve contato e até palestra fez a audiências reacionárias, levado que foi pelo jovem Charlie Kirk.
Bem antes das sanções trumpistas serem lavradas contra autoridades e economia brasileira por Donald Trump, Kirk já havia demonstrado que essas sanções deveriam ser impostas, principalmente contra o ministro do STF, Alexandre Moraes.
Desgraçadamente, morreu vitimado pelo veneno que inoculava na sociedade estadunidense, predominantemente entre as audiências movidas pelo ódio para aplaudir sua missão mórbida, quando era tido por alguns como o Donald Trump da próxima década.
É mais um crime político bárbaro ocorrido nos EUA, contra uma jovem liderança política. Mesmo sendo alguém que militava fazendo debates, muitas vezes entre audiências que ainda tinham na bala o argumento central de suas condutas. Deu no deu.
