Ministro das Cidades, Jader Filho, deu entrevista à midiazona assumindo publicamente posição contrária à iniciativa do governo federal(em estudos) de criar o 'tarifa zero' do transporte coletivo.
São as conveniências eleitorais e regionais falando mais alto que a perspectiva de se acabar com poderosos cartéis historicamente formados nos grandes centros urbanos, que sempre financiaram políticos.
Vejam aqui, na cidade natal do ministro, o caso do Setrans-Bel, a máfia que domina o transporte coletivo em Belém onde presta um serviço de péssima qualidade e cobra um preço desproporcional ao mau serviço ofertado.
Por ser um aliado político desde priscas eras da família do ministro, inclusive outrora tendo dirigente eleito para deputado pelo MDB, sabidamente um feudo da família do ministro, a perda de poder por essa estrutura nebulosa pode acarretar enorme prejuízo eleitoral ao partido de Jader Filho.
Até mesmo porque o fim da cobrança da tarifa individual acabará por inibir a sede de lucro; com o tempo, haverá debandada e esse nicho empresarial outrora rentável poderá reverter em prestação de um serviço social, sob responsabilidade exclusiva do poder público, reduzindo significativamente seus custos.
E o ministro Jader Filho sabe disso, assim como sabe que onde a ganância substituiu a obrigação de se prestar um bom serviço público a qualidade deste caiu flagrantemente, conforme as trocentas experiências vivenciadas neste país, sem contar o que ocorreu em outras nações, que correm para reestatizar vários desses serviços.
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