E o Pará volta à vitrine das más notícias, depois que a ong Earthsight, em parceria com a Repórter Brasil, revelou que grifes famosas como Gucci, Chanel e Balenciaga importam couro de um frigorífico que atua à margem da lei.
O nome do frigorífico é Frigol, um dos cinco maiores frigoríficos do estado, que abate 2,4 mil cabeças de gado por dia, multado ano passado pelo IBAMA por criar seu gado em áreas desmatadas ilegalmente.
Noventa por cento do couro exportado do Pará vai pra Itália, onde é processado em curtumes locais, daí recebendo o selo de made in Italy, legalizando e apagando o rastro da cadeia de crimes ambientais, antes que a elite do mundo todo ostente os produtos oriundos desse crime.
Segundo o site ICL(Instituto Conhecimento Liberta, que noticia esse crime), além do desmatamento ilegal para uso na pecuária há, também, a compra de gado, por parte desse frigorífico, criado em terras indígenas no município de São Félix do Xingu.
A Earthsight revela, ainda, que o Ministério Público Federal(cadê o MPE? Cadê o governo do Pará?) está processando 33 fazendeiros e duas empresas pela compra ilegal de cerca de 50 mil cabeças de gado, criadas ilegalmente em terras Apyterewa, que exportam o couro desse gado predominantemente pra Itália, de onde sai o couro que produz esses utensílios caríssimos, sem que esses consumidores se importem que estão contribuindo com a perpetração de crimes ambientais. Lamentável!
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