Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

“Fim da escala 6×1 avança”


A edição 167 da revista Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA), traz como destaque de capa o apoio fundamental do PT e de outros partidos de esquerda à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6×1, que extenua os trabalhadores e não lhes permite tempo adequado para descanso, convívio com a família e outras atividades importantes para o bem estar.

A revista destaca que o apoio das siglas de esquerda foi decisivo para que a PEC apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) alcançasse 194 assinaturas, respondendo por 61% desse total – o mínimo para que uma PEC seja protocolada na Câmara é de 171 assinaturas. “Enquanto 119 dos 194 votos saíram de partidos desse espectro político, a direita entregou 32 votos, incluindo um do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PT registrou 68 votos”, diz um dos textos, deixando claro que para as siglas de outras correntes ideológicas os direitos dos trabalhadores não são prioridade.

“No regime atual, profissionais podem trabalhar seis dias seguidos e têm direito a apenas um dia de descanso semanal. Na proposição protocolada em 1º de maio deste ano, Dia do Trabalhador, a parlamentar defende que o país adote a jornada de trabalho de quatro dias, e prevê mudanças no número de horas trabalhadas. A proposta da deputada é de redução da carga de trabalho semanal para 36 horas. Ela também propõe a jornada de trabalho de quatro dias por semana”, detalha a Focus Brasil, que também apresenta a lista dos 68 parlamentares petistas que assinaram a PEC.

Além disso, a revista sublinha que o PT também trabalha para encaminhar as PECs já protocoladas pelo partido desde 2005.

Artigo

A Focus Brasil #167 traz ainda artigo de Alberto Cantalice, diretor da FPA, sobre esse assunto. Intitulado “Carga horária estressante massacra o trabalhador”, o texto afirma que os avanços científicos e tecnológicos promoveram a robotização das fábricas e a substituição da mão de obra por máquinas e equipamentos. “A introdução dos caixas automáticos, por exemplo, fizeram decrescer enormemente o número de trabalhadores do setor bancário”, escreve Cantalice.

“O jovem brasileiro prestes a ingressar no mercado de trabalho encontra poucas opções de empregabilidade. Isso ameaça o futuro e cria uma situação de desalento. Por outro lado, alguns setores de mão de obra intensiva, como o comércio e os serviços, vivem uma espécie de ‘uberização’ ou ‘plataformização’ do trabalho. Em uma escala de 6×1, onde os trabalhadores veem seu horário de descanso reduzido. Um desatino”, prossegue o diretor da FPA.

Além disso, o artigo enfatiza que o futuro do trabalho necessariamente passará pela redução drástica da carga horária, para que se possa ampliar o número de trabalhadores contratados. “Várias experiências de diminuição da semana de trabalho em escala 3×4 têm sido observadas em vários países do mundo, onde se nota um aumento crescente da produtividade do trabalhador sem interferência na lucratividade das empresas”, diz o texto, pontuando que cabe “às forças progressistas saírem do imobilismo e das questões individuais a partir para a construção de projetos mais coletivos”.

G20 Social

Entre outros textos, a revista traz também matéria sobre a realização, no Rio de Janeiro, da Cúpula do G20 Social, que começou na quinta-feira (14) e é uma das inovações da presidência brasileira no G20 – grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia. O encontro permite que representantes de movimentos sociais apresentem, no evento, demandas que serão entregues formalmente aos líderes dos países do G20, durante cúpula que será realizada na segunda-feira e na terça-feira (19).

(Agência PT)

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