Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Pesquisas estão longe de ser amostras isentas de manipulação eleitoreira


Certa vez, uma entrevistada em pesquisa do Datafolha foi às redes sociais denunciar o que chamou, com boa dose de razão, de manipulação daquele instituto no sentido de influenciar o voto popular.

Perguntada em quem votaria, a citada entrevistada afirmou que em Dilma Rousseff; e aí veio a pergunta seguinte com claro intuito de mudar a opção: a entrevistadora perguntou, e no 2º turno você vota em Aécio ou Marina?

Essa lembrança veio junto com outra, também com forte cheiro de manipulação, aí já no resultado apresentado à população, embutido nele a clara opção à indução do voto útil para uma parcela do eleitorado que costuma votar naquele que pode vencer o pleito.

Mais especificamente, essa segunda lembrança ocorreu em São Paulo, na eleição pra prefeito da capital em 2012; na véspera da votação o Datafolha publicou pesquisa que dava em primeiro e segundo lugares José Serra(PSDB) e Celso Russomano(PRTB), ambos com 27% das intenções de voto e, mais atrás, Fernando Haddad(PT), com 21%.

Pra não alongar muito a conversa, no final daquele primeiro turno o resultado foi José Serra, com 30,78%; Fernando Haddad com 28,98% e Celso Russomano com 21,60%, bem próximo daquilo que fora atribuído na pesquisa a Haddad e vice versa pra Russomano, considerando a margem de erro, bem como o ardil das perguntas insidiosas a fim de influenciar a vontade do eleitor.

A título de ilustração, o vencedor da eleição foi o petista Fernando Haddad, no segundo turno, à margem das interferências numerológicas indevidas com que o Datafolha costuma apresentar seus resultados aparentemente neutros, porém, impregnados de campanha politiqueira a favor daqueles que o jornal sempre adotou como seus candidatos preferenciais, contrariando a lenga lenga da isenção.

Esses dados eu retirei de matéria jornalística oportuna produzida pela revista Forum, mas o componente pessoal é de inteira responsabilidade deste que digita essas mal traçadas linhas e tem o propósito de mostrar exatamente isso. Números de pesquisas eleitorais são tão vulneráveis à contaminação quanto organismos debilitados e expostos ao sereno da madrugada, sem o uso de um agasalho. Simples assim.

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