A partir de primeiro de janeiro do ano que vem, o MDB deve voltar a governar Belém, 36 anos após o término do mandato de Fernando Coutinho Jorge, último prefeito eleito pela sigla.
Coutinho Jorge foi um bom prefeito, tinha excelentes secretários, bom diálogo com servidores e a população, mas acabou vitimado pela briga entre o ex governador Jader Barbalho e o atual à época, Hélio Gueiros, que fez o segundo bandear-se para os lados do PFL ajudando a eleger Sahid Xerfan contra Fernando Velasco, o candidato apoiado por Coutinho.
Quase quatro décadas depois da boa experiência de Coutinho Jorge, temos a certeza que o MDB volta ao comando de Belém bem pior do que foi outrora, em razão dos interesses políticos que envolvem essa volta.
Do ponto de vista da gestão das obras em curso, visando principalmente a COP-30, em 2025, certamente temos a expectativa da conclusão de várias dessas obras, principalmente porque o atual governador do estado tem todo o interesse nisso, afinal, ele chamou pra si tudo que foi desenhado e sempre que pode exclui os nomes do atual prefeito e até do governo federal, patrocinador da grande maioria dessas realizações, exceção feita ao nome de seu irmão, ora inquilino do Ministério das Cidades.
Todavia, a gestão do dia a dia deve seguir aquilo que for determinado pelo governador, com um secretariado formado por quem Helder indicar, por candidatos derrotados na última eleição e que estão amuados, por indicações familiares e por prepostos dos dirigentes de corporações empresariais.
Saúde e Educação certamente seguirão o mesmo descalabro estadual verificado atualmente, onde um pedófilo dá as cartas na administração dos hospitais; e um foragido da justiça manda e desmanda na área da educação; a SEMOB certamente terá um preposto do Setrans-Bel à frente, com os 390 ônibus dotados de ar condicionado e wi fi sendo colocados parcialmente em funcionamento, enquanto outra quantidade desses ficará na reserva para substituição dos que forem quebrando, tudo a um preço de 5,00 sob justificativa das mídias familiares que o preço é camarada, daí a necessidade de subsídio para que a tarifa não chegue a 8,00.
Saúde da família, tá selado, auxílio aos mais necessitados e outras políticas sociais virarão moeda de troca política e serão objeto de muita fake news, pregando que agora é pra valer.
E tudo sob aplausos, alguns até acalorados, de parte da esquerda belenense, na certeza de que ajudaram a livrar a cidade do pior, mantendo-se o debate nesse nível do pior e menos pior, enquanto um clã consolida seu mandonismo que envolve até criminosos contumazes, muitos até que nos fizeram o estado campeão de queimadas no país; isto pra não falar da fração emedebista que usa mandatos eletivos pra proteger o garimpo ilegal, aquele que vende pra Faria Lima o ouro extraído criminosamente das terras de povos originários. É o MDB.
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