A morte do ex ministro da Fazenda Delfim Netto, ocorrida na madrugada de hoje, encerra mais um capítulo da história econômica brasileira.
Delfim era, junto com Roberto Campos(falecido há 23 anos), o mago das finanças públicas da quartelada de 1964, sob a publicidade da modernização econômica do país.
Sua célebre frase, "fazer o bolo crescer pra depois distribuí-lo", como justificativa da forte concentração da renda nacional nas mãos dos do andar de cima, não deve baixar o túmulo com o autor.
Trata-se do resumo da ópera liberal e neoliberal que permeou sucessivos governos conservadores que antecederam e se imiscuíram no ciclo petista via golpe, a fim de justificar a vil desigualdade que provocaram.
Com a eleição de Lula(2002) e os demais governos petistas comprovando que um novo modelo econômico era possível, Delfim tornou-se um sagaz crítico daquilo que ajudou a consolidar, daí sendo retirado de cena pelo conservadorismo que dele esperava a postura de um porta voz da concentração de renda. Não deu.
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