Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Brasil, entre o jogo coletivo e o teatro do absurdo


Nem tão evoluída quanto a propaganda ufanista vendeu, nem tão desastrosa como foi na 'era Diniz', quando escapou por um triz de levar uma goleada da Colômbia nas eliminatórias.

É nítido que a seleção ainda carece de entrosamento, jogo coletivo e força ofensiva capaz de encurralar o adversário como alguns, como a própria Colômbia, ontem, encurralou o Brasil em boa parte do jogo.

O Brasil vive de lampejos individuais e algumas trocas de passes episódicas que apenas indicam ser esse o rumo certo a seguir, ou seja, formar um conjunto consistente, onde as individualidades estejam a seu serviço.

Aparentemente, todos parecem concordar com essa premissa, todavia, quando nos deparamos com os comentários dos profissionais da mídia corporativa percebemos que a expectativa ainda é pela formação de uma equipe onde as individualidades prescindam do conjunto e resolvam tudo sozinhos, como em certos comerciais onde aparece um jogador canarinho driblando todo mundo, chutando no ângulo do goleiro adversário e a festa subsequente.

Pra corroborar essa expectativa, percebam como grande parte dessa dita crônica especializada espera que o 'salvador da pátria' volte da contusão, como se fosse uma espera do Godot, da peça do dramaturgo Samuel Beckett, emblemática do conservadorismo que ainda nos vê como dependentes do salvacionismo que nunca chega, para nos levar de volta a 1970, só que não mais para delírio dos 90 milhões, mas agora necessitando dos mais de 200 milhões de patrícios em ação. 

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