Arthur Lira(PP/AL), o presidente da Câmara Federal obcecado por presidencialismo compartilhado, cancelou todas as votações em plenário nesta semana.
Aproveitou o motim da grilagem, comandado pela bancada do boi inconformada pela derrota do marco temporal no STF, e paralisou a Câmara Federal até semana que vem.
Como nada que Lira diz em público expressa o que realmente pensa, então, esqueça essa estorinha pra boi dormir da insatisfação pelo governo não ter ofertado ao Centrão o comando da Caixa Econômica com porteira fechada.
Até mesmo porque o PP, partido de Lira, recém aquinhoado com um ministério, votou em peso com o povo do boi acordado no Senado, logo, quem primeiro roeu a corda, ou descumpriu o acordo, foi justamente ele, Arthur Lira, e sua bancada.
E o fez logo após declarar em público que o governo detinha 350 votos na Câmara Federal, palavras saídas da boca do presidente da Câmara que também não exprimem aquilo que pensa, tanto que suspendeu tudo e o governo não tinha 350 parlamentares pra se contrapor.
Da mesma forma como a ala mais radical à direita não se conforma com a vigência da concepção republicana do filósofo francês Charles-Louis de Secondat(Montesquieu), sobre o equilíbrio entre os três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, daí querer usurpar competências do judiciário; Lira não se conforma com aquilo que considera excesso de prerrogativas sob o Poder Executivo, notadamente na administração dos recursos financeiros, daí o alagoano todo dia inventar uma treta a fim de passar a ideia de que Lula, ou quem quer que seja, não governará apenas com os seus ministros enquanto Arthur, o truculento, estiver no comando do Legislativo.
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