Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

General Mourão descobre a pólvora: Baleia e Lira são farinha do mesmo saco


O general/vice deu o serviço: Baleia e Lira são farinhas do mesmo saco, um é governista e o outro também; um votou em 88% das propostas oriundas do Executivo e o outro em 90%.

Se é assim, então, por que as duas candidaturas são lançadas como adversárias se ambos são governistas convictos, com um índice de fidelidade canina altíssimo, mesmo dentro de um ninho de cobras?

A resposta prescinde de grandes aprofundamentos hermenêuticos, basta ter boa memória e lembrar que estavam todos juntos, Balei, Bozo e Lira na trágica 'assembleia de bandidos' que afastou Dilma.

Eram todos soldados da causa golpista que não aguentava mais um governo caracterizado por conquistas sociais, pela insistência de manter os mais pobres no orçamento com direitos cada vez mais consolidados.

Os chefões eram Cunha, Aécio, Temer, FHC e outros capos homiziados no Judiciário, na mídia, no alto empresariado rapace, que operaram através do vice a trama sórdida que inventou um crime.

Bozo é produto disso, saído do baixo clero para o mais alto posto da República na medida em que era única peça da engrenagem delinquente da elite brasileira capaz de derrotar o PT nas eleições de 2018.

Farsas, tramoias, agressões à legislação vigente, uso de um juiz de primeira instância disposto a cometer qualquer delito pra virar pop star da cena política fizeram parte do enredo que nos levou ao fascismo.

Foi o rebaixamento do nível de representantes do povo, agora infestado de fanáticos religiosos, esbirros de matiz truculenta, enfim, uma fauna desprezível, que deu ensejo ao surgimento desses líderes.

O patronato segue impondo através desses vassalos sua agenda, tendo um corretor enquistado no Ministério da Economia para impor esse receituário, independente dos chefes dos poderes institucionais.

Por isso, seja o vil cachalote ou o lira das desgraças, o principal do receituário neoliberal seguirá intacto na pauta política imposta à população independente do inquilino do Palácio do Planalto.

Enfraquecer o Bozo traz algum ganho ao país, afinal, é sua ação orquestrada com uma legião de botocudos que faz a apologia dessas ações contra os interesses populares nas redes sociais.

Todavia, isso já incomoda enormemente a mídia conservadora, esta segue defendendo a mesma cartilha, mas já apela até para o vodu a fim de livrar-se da moléstia(Bozo) e ficar com o mal(governo).

À esquerda está destinada nesse episódio uma vitória de Pirro, ao servir de massa de manobra pra que a articulação conservadora que ajudou na ascensão do fascista agora o enxote da cadeira presidencial.

E nesse se correr o bicho pega, se ficar o bicho come não há outra alternativa que não preservar a democracia afastando a maior ameaça a ela, ocupar espaços institucionais e mobilizar a população.

Os dois primeiros itens estão razoavelmente encaminhados. Resta o terceiro, seguramente o maior desafio desde que o gostinho de ser governo nos afastou das ruas. Voltaremos?

Nenhum comentário: