Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Alguma coisa precisa ser feita pra superar a atual indigência

 

Jogadores do Remo reclamando da arbitragem no final do primeiro tempo - Crédito: Roma News


Ainda a respeito do campeonato paraense, cada vez fica mais evidente a dependência financeira da competição ao patrocínio oficial do governo do estado.

Com efeito, fora a dupla Paysandu/Remo que conseguem outras receitas próprias além das cotas pagas pelo governo, a grande maioria das equipes do interior dependem desses recursos para sua montagem.

Dizem que Simão Jatene até cogitou acabar com esse patrocínio, em 2011, em seu furor anti petista e visão neoliberal onde o estado mínimo é a razão de ser de governos camufladamente perdulários.

Desistiu quando viu que as transmissões, pela TV Cultura, de um RexPa rende muito mais dividendos políticos à propaganda oficial do que 20 minutos nas tevês pagas.

Além disso, acabar com parceria seria suicídio político diante de uma ideia que veio para ficar, ao suscitar uma real parceria público/privada que de fato priorizasse o interesse da população.

Infelizmente, amesquinharam essa parceria de formas que hoje tudo se resume ao dispendido no orçamento pelo governo aos clubes, sem que se busque alternativas mais complexas.

Por exemplo, por que a Vale que lucra bilhões extraindo minério do nosso sub solo, em troca de uma merreca de CFEM, não faz parceria com o governo para aumentar o valor do patrocínio, em troca de algum tipo de diferimento fiscal?

Por que o Banpará, autarquia oficial patrocinadora da competição, também não estabelece parcerias com gigantes do agronegócio ou do setor de serviços a fim de melhorar o desempenho do banco na administração de seus recursos?

Desgraçadamente, a SEEL que administra as praças de esportes estaduais, constitui-se em peça decorativa no organograma da administração estadual, ou espaço loteado entre aliados políticos com a finalidade de atender a esses.

Se fosse levada a sério, aquela secretaria deveria ter alguém à sua frente capaz de estabelecer essas parcerias fazendo com que o Mangueirão, seu complexo esportivo do entorno e até aquele ginásio ocioso pudessem funcionar melhor, além da SEEL administrar o patrocínio do campeonato.

Nenhum comentário: