Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

A proposta de volta à barbárie



Até aqui, todos os trechos exibidos da reunião de 22 de abril, liberados por Celso de Mello, convergem para a exoneração de Sérgio Moro.

Não sei se ele já sabia que essa sujeirada toda colocada em exposição tinha essa finalidade, ou se percebeu ao longo das falas do presidente.

Tanto que Moro sugeriu, talvez sua última intervenção, que constasse do plano de governo, antes do detalhamento, suas bandeiras: segurança pública e combate à corrupção.

Claro que isso foi ignorado por Bolsonaro, que já tinha dado o recado explícito a respeito do tratamento ao Ministério da Justiça: bye bye autonomia.

O resto da história todo mundo sabe, as declarações presidenciais mais explícitas que cena de filme pornô não deixam dúvidas a respeito da necessidade de colocar seus familiares acima da lei.

Com efeito, Moro escapou dessa e Bolsonaro está inequivocamente, definitivamente auto criminalizado por suas íntimas ligações perigosas.

E bota perigosas nisso. Quem ler o que escreveu hoje o deputado Marcelo Freixo(PSOL/RJ) terá uma ideia bem clara da preocupação de Bolsonaro com amigos e familiares.

Há um projeto de poder, e Bolsonaro foi explícito nisso ao defender que cada cidadão esteja armado, que não abre mão do suporte do braço armado paralelo que ajudou a criar no Rio e espraiar-se pelo resto do país e contra isso não quer interferência das instituições governamentais.

Claro que isto combate-se politicamente, embora seja fundamental que o Poder Judiciário coloque freios legais nessa proposta de retorno à barbárie, mas é fundamental que o clamor de Freixo seja ouvido por todos os atores da política contra essa sandice.

Principalmente aqueles atores institucionais que contribuíram para que se chegasse nesse estágio, em que o comandante das Forças Armadas do país propõe que as coisas da sociedade sejam resolvidas à bala, como se fosse natural que um país com mais de 200 milhões de habitantes não precisasse de lei. 

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