Chile quase em estado de emergência porque a população levantou-se contra a escorcha de seus ganhos através de tarifas do metrô; Equador em estado de conflagração, diante da mobilização da população contra o receituário neoliberal que jogou às alturas os preços dos combustíveis e Argentina vivendo período de saques em supermercados, depois que o mesmo credo fez crescer o número de miseráveis em 35% da população.
Por enquanto, o Brasil sofre calado a patética decisão tomada ano passado, após afronta à democracia orquestrada pela elite, de colocar uma azêmola no comando do país, decisão que está nos levando no rumo do mesmo precipício de onde os povos dos três países citados mobilizam-se para evitar, enquanto assistimos passivamente a nossa desgraça ser tecida pelas mãos de um agiota despudorado, em nome da pilhagem orquestrada no pós golpe.
Enquanto Uruguai e Bolívia caminham para decisões eleitorais mais tranquilas, com seu povo optando pela alternativa governamental testada e aprovada há mais de uma década, até aqui sem a interferência rapace do imperialismo disseminador da miséria continental, por aqui assistimos gansgters travestidos de governantes digladiarem-se por um butim de R$390 milhões que lhes permita alongar seus respectivos mandonismos. Será que seguiremos os exemplos de otros hermanos?
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