Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 19 de outubro de 2019

Não se engane: tendência de Bolsonaro é ladeira abaixo



Realizada por telefone, três anos antes do primeiro turno da próxima eleição presidencial, o levantamento de VEJA/FSB guarda os traços típicos de um levantamento dessa natureza, onde tendências diferenciadas e até contraditórias se manifestam ao mesmo tempo.

Deixando de lado candidaturas de natureza especulativa -- como Sérgio Moro e Luciano Huck --, Jair Bolsonaro aparece em primeiro lugar em todas as simulações, para primeiro e segundo turno. É um desempenho e tanto, vamos admitir. Sua consistência deve ser ponderada, para evitar que uma informação se transforme em instrumento de propaganda.

As várias pesquisas que medem a aprovação do governo Bolsonaro -- item não incluído no levantamento VEJA/FSB -- indicam outra coisa. Apenas Fernando Collor, que confiscou aplicações financeiras no primeiro dia de mandato, atingiu uma avaliação pior que Bolsonaro, sendo derrubado por uma imensa mobilização popular dois anos depois.

Isso quer dizer que, quando atendeu ao telefone para dizer o nome de seu candidato, o eleitor falou um nome.

Mas quando as pesquisas pediram para avaliar seu desempenho, estimulando uma reflexão sobre o governo, o resultado é outro.

Em setembro, um levantamento DataFolha mostrava Bolsonaro com a reprovação em alta. O salto foi de 33% para 38% em dois meses. A aprovação caía quatro pontos de 33% para 29%. O A informação aqui é simples de entender.

A pesquisa VEJA/FSB mostra o voto hoje como se fosse o dia da eleição. A avaliação do governo indica como essa decisão pode evoluir, por longos três anos, até outubro de 2022.

Parece claro que há um imenso terreno a ser trabalhado pelos adversários do governo até lá. A posição de Bolsonaro está longe de ter sido consolidada.

Como mostra a evolução para baixo da avaliação do governo, a tendência é de queda.

Entre os vários projetos conhecidos do governo, a maioria concentrados na equipe de Paulo Guedes, não se reconhece nenhum capaz de inverter uma posição desfavorável junto à grande maioria da população, às voltas com renda mensal de R$ 413, desemprego recorde e emprego precário. O rumo é ladeira abaixo.

Alguma dúvida?
(Paulo Moreira Leite/ Jornalistas Pela Democracia/ via Brasil 247)

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