Uma simples consoante separa o vocábulo caserna de caverna. Na prática, no dia a dia e no modo como conhecemos os habitantes daqueles ambientes a distância de comportamentos talvez seja até mais estreita que a dos vocábulos.
Por isso, quando Jair Bolsonaro expõe toda sua condição cavernosa no modo de encarar o que lhe é estranho com censura oficial, nos dá a exata dimensão dos males causados pela caserna em comportamentos aparentemente humanos, aproximando-os de um estágio primitivo.
Em sua condição de homúnculo, cultiva ardorosamente as antigas e irracionais lições apreendidas nos quartéis e faz disso o cipoal teórico que o faz estarrecer a sociedade que quer reduzir a mero pátio de caserna, no rumo da tão sonhada, por ele, involução da espécie.
Claro que os princípios civilizatórios tendem a triunfar sobre esses surtos de obscurantismo que, vez por outra, surgem como epidemia inquietante. No entanto, é nítido o mal estar latente que fica e manifesta-se em situações convulsivas, conforme constatamos pelas súplicas de intervenção militar.
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