66,4% dos irlandeses resolveram descriminalizar o aborto no país, pondo assim fim à vigência de uma pena de 14 anos de prisão a que eram condenadas as mulheres que interrompessem a gravidez.
Na prática, é mais uma nação que tira o assunto do âmbito da crença religiosa fanática e a transfere para o campo da saúde soterrando, assim, o medievo que ainda assombrava em pleno século XXI.
Aliás, essa é uma tendência que se espalha pelo mundo atingindo até mesmo a conservadora sociedade estadunidense, conforme demonstraram vários plebiscitos nesse sentido, durante a eleição presidencial.
Infelizmente, o Brasil segue na contramão dessa tendência e vigaristas travestidos de portadores da palavra de Deus vão nos impondo uma situação medieval, ao tratar as mulheres como portadoras da luxúria e bruxas que precisam arder no fogo das maldições ecoadas por esses patifes.
É preciso que a sociedade brasileira paute esse tema como fundamental ao processo civilizatório que precisamos resgatar a fim de combater esse discurso reacionário que tanto mal causa à sociedade na medida em que prega a impostura, a ignorância e o preconceito.
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