Apesar das gangues midiáticas rechearem seus torpes noticiários com a tardiamente urgente delação de Palocci, com o monstruoso pedido de impeachment do governador de Minas, deixando o fato mais importante do momento em segundo plano, é fatal que esse fato logo, logo venha ocupar o noticiário.
Não dá mais pra segurar. A bomba explodiu. É flagrante que a turma da Lava Jato não se acha hierarquicamente inferior ao STF, daí ter começado a fazer acintosamente aquilo que fazia até bem pouco nas entrelinhas da lei, na burla à Constituição e até contando com a omissão conivente de nossa Suprema Corte.
Um juiz que transmite a sensação de não estar disposto a cumprir decisão de um colegiado da instância máxima da justiça brasileira; um procurador que se declara partícipe de uma nova ordem e execra a velha ordem, sugerindo que essa velha ordem, composta por ministros do STF, segundo as declarações desse procurador, precisa ser desmontada coloca em xeque toda a já débil institucionalidade do país.
Será que chegamos no estágio máximo do mandonismo da Rede Globo? Será que aquela força tarefa ajagunçada de Curitiba resistirá a cumprir leis, usando de meios nada pacíficos para cumprir os desígnios globais? Neste caso, que força bruta os incentiva agredir e colocar definitivamente de pernas pro ar o nosso esfrangalhado sistema jurídico?
Por mais que adiem decisões, por mais que o vil jornalixo dissimule, por mais que ministros acovardados, não todos, é verdade, tentem fazer predominar o 'deixa pra lá', é ululante que o Supremo Tribunal Federal está com sua autoridade arranhada neste momento, como esteve no pós golpe militar/empresarial de 1964.
Se naquele momento ficou refém das baionetas, hoje encontra-se em situação bem mais constrangedora porque é peitado por togados da 1ª Instância. Pior. Caso não tomem providências, terão seus nomes inseridos nos livros de Direito Constitucional a ser escritos daqui pra frente com referências que envergonharão seus descendentes, além do desprezo que merecerão dos futuros estudantes da disciplina.
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