Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Sob golpismo não há saída


Segundo uma dessas consultorias que medem os números da economia, o golpe político/midiático/jurídico que levou o assaltante Michel Temer à presidência do país fez com que os salários da classe trabalhadora voltassem aos níveis de 2011/2012, a partir de medidas tomadas contra conquistas sociais.

A depressão econômica resultante disso é sentida em todos os setores. Por exemplo, o site de notícias G1 noticia hoje que foram cortadas algo em torno de cem milhões de refeições feitas em lanchonetes e restaurantes, certamente uma medida de contenção de gastos consequente da redução do poder aquisitivo.

Além disso, a subida vertiginosa da taxa do desemprego a níveis superiores ao que de pior houve nos anos 1990, deve ter dado enorme contribuição para essa redução, bem como colocado mais lenha nessa fogueira da destruição de nossa economia pelo efeito cascata que produz, isto é, queda no faturamento seguida de mais demissões e mais cortes.

Otimismo somente no noticiário manipulado da mídia cúmplice desse aparato governamental assaltante, que um dia anuncia uma taxa de crescimento da economia na faixa de 1% no trimestre, mas oculta que isso ocorreu em cima de uma taxa negativa de -0,3%, o que mantém a economia em recessão.

Ou o anúncio da recuperação da atividade industrial, comparando-se as taxas de março/abril deste ano. Quando comparados os meses de abril deste ano com o abril de 2016, percebe-se que houve, sim, uma queda de mais de quatro por cento.

Por isso que o senador Jader Barbalho, em artigo publicado domingo último em seu jornal, fez festa discreta a esses números, mais parecendo encômio de catitu em bando, do que propriamente crença na capacidade de recuperação de nossa economia sob esse garrote neoliberal, coisa que até o senador pemedebista parece não acreditar.

No geral, tudo indica que não sairemos da encrenca enquanto estivermos sob governo disposto a tocar a agenda dos candidatos derrotados pelo voto popular em 2002, 2006, 2010, 2014, mas imposta a fórceps pelo abjeto golpe de 2016. Somente com a exposição à luz do dia dos projetos de governo à população, e com esta fazendo sua escolha democraticamente, é que teremos a perspectiva de mudança. Simples assim.

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