Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 16 de março de 2014

Quando um salafrário tenta passar por democrata

Que Roberto Freire é um gangster da política, um malfeitor, conforme ficou largamente comprovado por sua cumplicidade ao assaltante José Roberto Arruda, em Braíslia, bem como receber dinheiro do governo do estado de São Paulo morando em Recife, todo mundo sabe. Aliás, nesse celerado nada mais espanta na medida em que já vai muito longe o tempo em que ele se passava como um politico do campo da esquerda. Hoje, sem a máscara, age despudoramente como o mais retrógrado áulico da reação na obsessiva tarefa de derrubar um governo democrático e popular, legitimamente eleito.
A última peripécia do 'filhote do Médice' foi um furibundo e mentiroso artigo contra o projeto que cria o marco civil da internet, taxado pelo indigitado de "uma ameaça à liberdade e mais uma tentativa do PT de controlar aquilo que, por sua própria natureza, não pode se submeter à ingerência estatal. A aprovação do texto defendido pelo Planalto violaria um princípio fundamental que acompanha a rede desde o seu surgimento: a liberdade incondicional e irrestrita. Os entusiastas de uma lei específica para a internet citam a chamada neutralidade da rede como justificativa para o Marco Civil."
Não nos deixemos ludibriar pela aparência libertária do escrito pelo meliante, por trás disso encontra-se a mais espúria intenção do controle daquilo que ele diz querer libertar.
Ao contrário desse incêndio em caixa de fósforos, o jornalista Luiz Egypto ressalta, em artigo publicado no Observatório da Imprensa, que "o texto do projeto do marco civil foi exaustivamente discutido nas Comissões da Câmara e também na sociedade, sobretudo por intermédio da mídia jornalística. O relatório a que chegou o deputado Alessandro Molon apontava para uma legislação moderna, democrática e, sem falso ufanismo, um exemplo para o mundo(grifo meu). Mas a tramitação não evoluía.A proposta entrou no ramerrão dos procedimentos legislativos e ganhou súbita notoriedade quando explodiram as denúncias do ex-analista da CIA, Edward Snowden. Pela primeira vez havia prova cabal da bisbilhotagem promovida pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos sobre pessoas, empresas e governos estrangeiros. No Brasil, o caldo entornou quando se descobriu que a Petrobras fora espionada e telefones da Presidência da República, grampeados."
Ao desrespeitar e ocultar a existência desses ritos tão caros a um regime que de fato se quer democrático, Freire expôs todo o seu perfil de soba que controla com mão de ferro um partido, ao qual preside desde a sua fundação, provando quem é que não gosta da democracia. Pior. tenta jogar areia nos olhos da população, pois sabe que a derrota desse projeto significa abrir as portas para que volte à discussão um projeto, esse sim autoritário, de autoria do não menos perigoso assaltante Eduardo Azeredo Azeredo, que "tipificava um leque tão amplo de delitos que chegou a receber o apelido de AI-5 da internet."
Além disso, é flagrante que Freire está, nesse momento, fechado com o lobby de Eduardo Cunha em favor das teles. Por mais rodeios que faça, por mais que exercite sua lábia pseudo esquerdista salta aos olhos que ele pensa tirar uma lasquinha patranha, afinal, estamos na véspera de uma eleição que demandará custos e Serra fora da disputa o financiamento fica mais difícil, daí poder ser rentável defender "cobranças diferenciadas pelo tipo de conteúdo acessado", o sonho das teles nesse projeto e de muitos oportunistas travestidos de democratas. Por isso é preciso termuita cautela com certas encenações de indignação. Elas visam ocultar os mais torpes estelionatos que a sociedade pode sofrer, vítimas de indivíduos inescrupulosos que fazem do mandato parlamentar que a população lhes confiou em balcão de negociatas.

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