Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Os "times" estão sendo escalados. Vai começar...

Pelos usos e costumes do futebol, um técnico têm até dez minutos antes de começar a partida para dar conhecimento ao público dos nomes que entrarão jogando. Na política, esse tempo é determinado pela data limite, prevista em lei, à realização de suas respectivas convenções. Depois disso, quem lançou candidato lançou, quem conseguiu aliar-se conseguiu e quem se isolou larga atrás.
Desde ontem, alguns conseguiram usar sua expertise e capacidade de persuasão político/financeira para a largada, abiscoitando aliados e tempo de televisão. Se não houver contratempo$ de última hora, um dos que operou com mais eficiência foi sem dúvida o pepessista Arnaldo Jordy, que fechou coligação com PV e DEM, este prometido ao PSDB por sua direção nacional, mas, por instinto de sobrevivência, preferiu aquilo que é mais viável para continuar tendo bancada na Câmara de Belém.
Já o líder nas pesquisas, o psolista Edmilson Rodrigues, juntou o desconhecido com o oculto e terá tempo que faria o Enéas arrancar os cabelos(?). Enquanto o PMDB, que realizou convenção monstruosa, não agregou até aqui nada que acrescente o que lhe é devido por sua condição nacional e até os nanicos com quem se apalavrou, Simão veio e os papou.
Aliás, o próprio Simão, rodou o salão da festa de um extremo ao outro, mas só levou "pau na testa", pelo menos dos pares mais atraentes. Até sua extensão nacional, o DEM, acabou não resistindo aos encantos pepessistas com quem vai "ficar" nesse baile. Resta o PSD, extensão kassabista do tucanato, ontem bafejado por decisão do STF, que lhe destinou generoso tempo de televisão, sem dúvida, um bom reforço. Lorota pode ainda lançar mão dos "milhões de motivos" disponíveis para atrair Jefferson Lima, o radialista lançado ontem pelo PP, em convenção objeto de reportagem com generoso tempo, hoje no Bom Dia Pará.
Finalmente, o PT, o maior enigma até aqui. Legenda preferida do eleitorado, as quais pertencem o ex-presidente Lula e a atual Dilma, não conseguiu sequer atrair seus tradicionais aliados no plano nacional, PCdoB e PSB. Isto sem falar do PRB, a quem foi dado o Ministério da Pesca na perspectiva de que se tornasse outro aliado representativo. Além do PP, que ocupa o Ministério das Cidades, porém, até aqui, tem candidatura própria e aparentemente está tão próximo da candidatura petista quanto o sol da lua.
Evidente que esse é o desenho das nuvens hoje. Amanhã certamente estarão com outro formato. O máximo que se pode afiançar é que para uns significarão chuvas e trovoadas e para poucos céu azul. À margem de espamos moralistas ridículos, aí estão os atores que povo escolheu para o espetáculo. Neste, são os próprios atores que escolhem seus respectivos papeis. À sociedade cabe julgar seus desempenhos e conservá-los, ou tirá-los, de cena.

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