O governador paraense, Helder Barbalho, sabedor da pouca densidade eleitoral do nosso estado, daí a dificuldade de disputar a presidência da República, sempre cogitou ser vice em uma chapa presidencial competitiva.
Ano passado, em entrevista à Folha de São Paulo, chegou a esnobar a possibilidade de compor a chapa com Lula, diante da possibilidade de Geraldo Alckmin disputar o governo de São Paulo, alegando incompatibilidade ideológica.
As pesquisas de então, mais uma vez, davam o atual presidente como um moribundo político que carregava um índice de rejeição altíssimo a seu governo, o que anunciava uma iminente derrota, caso ousasse arriscar uma quarta candidatura presidencial.
Agora, quando as pesquisas apontam para um Lula revigorado eleitoralmente, a ponto de, no momento, ser considerado imbatível e até com grandes possibilidades de vencer a eleição já no 1º turno, voltou o emedebista a pintar como candidato a vice.
Todavia, a atual conjuntura aponta um quadro cada vez mais consolidado para que seja reeditada a dobradinha PTxPSB, provavelmente com Geraldo Alckmin, embora haja a possibilidade deste vir disputar o governo de São Paulo, diante de um Tarcísio em frangalhos.
Ainda, levando-se em conta a atual conjuntura, é pouco provável que a saída de Alckmin leve à troca da legenda que comporá a chapa de Lula, diante da provável migração de nomes como Simone Tebet, Marina Silva e Alexandre da Silveira para o PSB, dentro do prazo legal, a fim de substituir Geraldo na dobradinha com Lula.
Caso esse quadro perdure até o momento da consolidação da chapa, isto trará um problema adicional aos interesses do atual governador paraense na medida em que fortalece a candidatura socialista no Pará, bem como enfraquece a articulação paulista do MDB anti Lula em torno de Tarcísio, enfraquecimento que fatalmente respingará na candidata do Helder.
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